CODEPLAN

Base para tomada de decisões

Em andamento desde o início do mês, Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) deve ser concluída até meados de setembro para avaliar desenvolvimento socioeconômico da população. Dados vão orientar implantação das políticas públicas na capital

Edis Henrique Peres
postado em 18/05/2021 20:58
"Embora algumas pesquisas tenham sido realizadas por telefone, devido à pandemia, a Pdad demanda mais tempo, em média de 30 a 40 minutos, por isso contamos com a população" Jean Lima, presidente da Codeplan - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) iniciou em 5 de maio a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), com previsão de ser concluída em setembro deste ano. Jean Lima, presidente da Codeplan, destaca que as pesquisas realizadas pelo órgão são fundamentais para auxiliar o Governo do DF (GDF) na tomada de decisões e no direcionamento das políticas públicas na capital. A PDAD é uma pesquisa bianual que faz o levantamento socioeconômico da população, com dados como quantas pessoas residem na mesma casa, escolaridade, renda, se estão trabalhando ou não, assim como acesso aos bens de consumo como água, energia, telefonia e serviços de streaming.

“Para citar a importância desses dados, durante o começo da pandemia, o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi o primeiro a adotar medidas de restrição de distanciamento social, isso porque quando ele montou o gabinete de acompanhamento, a Codeplan levou para ele a informação de que dois terços dos idosos do DF, que tem em torno de 330 mil idosos, moravam com crianças ou jovens em idade escolar. A partir desse dado, a primeira medida foi a suspensão das aulas”, explicou Jean Lima.

As informações foram dadas no programa CB.Poder — uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília — de ontem em entrevista ao jornalista Alexandre de Paula. Devido à onda de golpes, o diretor da Codeplan alerta que o órgão não pede nenhum dado pessoal ou bancário aos entrevistados. “Não pedimos sequer o nome completo da pessoa. Qualquer dúvida, o entrevistado poderá acessar o site da Codeplan ou ligar pelo telefone 3342-1130, e a equipe confirma o nome do pesquisador”.

A pesquisa, por ser mais longa e demandar tempo maior, será feita presencialmente. O pesquisador estará identificado com o crachá da Codeplan e o número de matrícula, além de estar de máscara e seguir distanciamento social. “Todos os pesquisadores estarão com máscaras, álcool em gel e manterão a distância mínima de 2 metros. Embora algumas pesquisas tenham sido realizadas por telefone, devido à pandemia, a Pdad demanda mais tempo, em média de 30 a 40 minutos, por isso contamos com a população, pois são dados importantes que permitem ao governo basear as suas decisões”, destacou.

Em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), a Codeplan investigou também dados relacionados a violência sexual contra crianças e adolescentes. “Temos visto um aumento das denúncias, as pessoas têm mais consciência e a divulgação dessas informações é importante para termos uma ação do governo. Existe uma estimativa no Brasil de que, a cada 5 mulheres, uma já foi vítima na infância de alguma violência sexual”, ressaltou Jean Lima. Com base na pesquisa do órgão, a Sejus lançou ontem, às 17h, uma campanha com medidas preventivas para combater a violência contra crianças e adolescentes. “Para a pesquisa obtemos os dados do Disk 100 em âmbito nacional e aqui no DF os dados da própria pasta que acompanha os casos de violência.”

Projetos
De acordo com o presidente da Codeplan, para o começo de junho está prevista a publicação de uma pesquisa sobre os hábitos de circulação dos moradores do DF. “Não sabíamos se a população continuava indo, e com qual frequência, aos supermercados, à igreja, aos shoppings centers, aos bares e restaurantes. Isso nos ajuda a planejar a retomada econômica e também planejar a parte epidemiológica para cruzarmos informações e basear a tomada de decisões”, escalareceu.

Também em junho, a Codeplan planeja realizar um censo da população de rua do DF. “Essa pesquisa vai ser feita em parceria com a Secretaria de Economia. Como esses dados envolvem um público muito específico, primeiro discutimos a metodologia para definir quem são moradores de rua, pois há várias definições. E depois fizemos um debate metodológico da nossa ação. Pretendemos que a pesquisa dure entre 7 a 10 dias, pois como é uma parcela que costuma mudar muito de local, precisamos ser rápidos para conseguir mapeá-los corretamente”, acrescentou.

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