CEPA INDIANA

"As pessoas estão convivendo nas ruas como se a pandemia tivesse passado", diz Ibaneis

Durante a inauguração do Hospital de Campanha de Ceilândia, governador falou sobre a variante indiana. Nova unidade terá 100 leitos de UCI

Luana Patriolino
postado em 26/05/2021 06:00 / atualizado em 26/05/2021 07:45
 (crédito: Renato Alves/Agência Brasília)
(crédito: Renato Alves/Agência Brasília)

Durante a inauguração do Hospital de Campanha de Ceilândia, ontem, o governador Ibaneis Rocha (MDB) se mostrou preocupado com a pandemia da covid-19 no Distrito Federal. “As pessoas estão convivendo nas ruas como se a pandemia tivesse passado. Temos a chegada de uma nova cepa, a indiana — o que nos preocupa muito”, disse.

Na ocasião, o chefe do Executivo destacou que os números da doença estão altos. “A pandemia continua, e a cada dia que passa está se agravando mais. O sentimento que temos é de que a população não se alertou. Temos um número de casos elevado. A taxa de transmissão está próxima de 1”, disse.O recém-inaugurado hospital de campanha conta com 100 leitos de unidade de cuidados intermediários (UCI), com suporte respiratório e de hemodiálise como retaguarda para casos considerados graves da doença. O local começou a receber pacientes ontem. “No Hospital de Ceilândia (HRC), são 162 pessoas internadas com covid. Se transferir todos os pacientes para cá, ainda teremos lá os leitos ocupados. O momento é de muita dificuldade”, destacou Ibaneis.


Ceilândia é a região administrativa com maior número de casos confirmados de covid-19. Há meses, a cidade é o epicentro da pandemia no DF. De acordo com os últimos dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, são 44.502 infectados e 1.344 mortos desde o início da pandemia. Sobre a variante indiana, o governador afirmou que a Secretaria de Saúde está monitorando um possível caso na capital. “Sigo a orientação dos técnicos. Se for necessário fazer, vamos trabalhar junto à Anvisa para fazer a barreira sanitária”, disse.

O projeto
O Hospital de Campanha de Ceilândia foi construído pela DMDL Montagens de Stands
Ltda e conta com cinco alas que comportam 20 leitos cada, com suporte de diálise, monitores paramétricos e bombas de infusão que conduzem drogas vasoativas. A unidade possui salas de triagem, de procedimentos invasivos, de insumos, de descompressão, de raios-X e de tomografias, além de farmácias e pontos de hemodiálise. O investimento para a montagem do espaço foi de R$ 6,5 milhões. Segundo a previsão do GDF, o Hospital Acoplado de Samambaia deve ser entregue na próxima sexta-feira.

Essa é a terceira unidade temporária para tratamento contra covid-19 entregue neste mês — antes, foram inaugurados os hospitais do Gama e o do Autódromo Internacional de Brasília. Juntas, as unidades somam 200 leitos para pessoas com a covid-19.

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