Paulo Octávio X Flávia Arruda?
A disputa ao Senado na próxima eleição pode colocar em lados opostos o empresário Paulo Octávio (PSD) e a Flávia Arruda (PL), atual ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República. Aliados de outrora, quando José Roberto Arruda era governador e Paulo Octávio, vice, eles poderão protagonizar um embate forte para a disputa à vaga única de senador. O empresário não esconde vontade de retornar à política. Pode retomar onde parou — na metade do mandato de senador em 2006 — para ser vice de Arruda e todo mundo sabe onde acabou. Flávia, por sua vez, é uma política em ascensão e também ambição para cargos majoritários.
Um dia sem impostos
Amanhã é dia de protesto contra a alta carga tributária paga no país. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Jovem promove a 15ª edição do Dia Livre de Impostos (DLI). Lojistas que toparam participar vão comercializar produtos e serviços sem repassar o valor da tributação aos clientes. Em alguns casos, os descontos podem chegar a 70%. A ideia é chamar atenção para o montante que os impostos representam no preço final dos produtos. “O Brasil figura em 14º lugar em um ranking de 30 países que mais arrecadam tributos e o último a restituí-los à sociedade”, afirma o presidente da CDL-DF, Wagner Silveira Jr. Entre as ações previstas, o posto de gasolina Jarjour da 206 Norte disponibilizará 10 mil litros de gasolina com desconto. O combustível será vendido a R$ 3,79 o litro e cada carro poderá abastecer até 20 litros. Para se informar sobre as lojas que aderiram, basta acessar a página www.dialivredeimpostos.com.br.
Soro contra covid-19
A Anvisa liberou os testes para o uso de soros em tratamentos contra covid-19. O Brasil tem grande expertise no Butantan nessa técnica que poderá salvar vidas. Aos moldes do que ocorre com os soros antiofídicos, o coquetel de anticorpos de cavalos pode ser usado em pacientes graves com uma bomba de imunidade. Foi o que o ex-presidente Donald Trump tomou quando se infectou no ano passado.
Só papos
“Quem não está contente comigo tem Lula em 22, aí”
Presidente Jair Bolsonaro
“Quem vai derrotar o Bolsonaro não é o Lula. É o povo brasileiro”
Deputada federal Érika Kokay (PT-DF)
À QUEIMA-ROUPA
Evandro Pertence advogado
Você pretende concorrer à presidência da OAB-DF?
Tenho uma história na advocacia e na Ordem dos Advogados. Tenho orgulho de ser advogado e meu compromisso é que a OAB volte a ser a entidade que acolhe e representa de verdade a advocacia do DF. É com este propósito que, ao lado de advogadas e advogados combativos, sou sim pré-candidato à presidência da Ordem.
Se não for candidato, quem você apoiará?
Mais importante do que nomes de candidatos é a nossa busca por afinidade de ações na defesa e no fortalecimento da advocacia. Quero ser presidente da Ordem, mas quero acima de tudo que tenhamos uma gestão à altura dos desafios de nossa advocacia, bem diferente do que acontece atualmente.
Acredita que o seu sobrenome pesa positivamente no voto para a OAB?
Exerço a advocacia com muito orgulho há quase 30 anos, e posso dizer que carreguei meu sobrenome esse tempo com toda a distinção que ele merece, e nunca estaria aqui se não me orgulhasse de minha trajetória. Tenho muito orgulho também da trajetória do meu pai, do que ele representa para o Direito, e da atuação que o nome Pertence teve no Judiciário e continua a ter na advocacia. Porém, mais importante do que o sobrenome é a nossa própria trajetória, é aquilo que aprendemos, que realizamos e que estamos nos propondo a fazer pela advocacia do DF. O mais importante é o projeto de fortalecimento da atuação do profissional da advocacia. Para mim o advogado é o próprio cidadão diante do Estado. E é por isso que a desvalorização da nossa profissão põe em xeque o próprio cidadão na busca por seus direitos.
Pode perder votos de advogados bolsonaristas pelo fato de seu pai, o ex-presidente do STF Sepulveda Pertence — com quem você divide o escritório — ser advogado do ex-presidente Lula?
O advogado não pode se limitar à defesa desse ou daquele cidadão por questões ideológicas. Nosso escritório atuou para pessoas de diversas correntes políticas, como José Serra, José Sarney, Lula, o ex-deputado e aliado de Bolsonaro Alberto Fraga, entre tantos outros. Também advogamos para empresas e em causas de imenso alcance social, com atenção especial na defesa dos Direitos da pessoa humana. Tenho muito orgulho, por exemplo, de ter atuado no caso da Cabo Maria Luiza, que seriaexpulsa das Forças Armadas por ser uma pessoa trans. Foi em função da nossa atuação que ela não foi expulsa da Aeronáutica. Esse é um caso que me emociona até hoje.
Se você for candidato, terá o apoio do governador Ibaneis Rocha?
Eu quero apoio de todos os advogados. Ibaneis hoje é governador, mas é um ex- presidente da Ordem que, à frente da entidade, mostrou coragem e enfrentou cada luta, por mais difícil que fosse. Além disso, Ibaneis foi um excelente Presidente da Comissão Nacional de Prerrogativas, da qual, fui Vice-Presidente. Temos uma identidade na defesa da advocacia, ao contrário da atual gestão com sua relação subserviente em relação às instituições, que resultou inclusive na desativação da combativa Procuradoria de Prerrogativas da Seccional, e entregou a advogados contratados a necessária defesa do nosso exercício profissional. Antes, o Presidente da Ordem representava a luta pelos Direitos Humanos e pelas Prerrogativas dos Advogados, que são a própria essência da entidade. Ambas as matérias passaram a ser departamentos escanteados da atual gestão. Portanto, quero o apoio dele, como quero também de outros ex-presidentes e todos aqueles que desejam ver uma Ordem mais forte e representativa.
Acredita numa união de candidaturas de oposição ao atual comando da OAB-DF?
Acredito em quem tem a mesma posição na defesa da advocacia. Não acredito numa OAB ideológica, polarizada, intolerante com pensamentos divergentes, ou com opositores do sistema OAB. Acredito na OAB como um espaço democrático de debates, em que pensamentos divergentes têm igual espaço e civilizadamente buscam seus pontos de convergência para pautar a nossa ação institucional, que nunca poderá ser definida por ideologias políticas, mas pelo compromisso com a pessoa humana, com as instituições democráticas e com o respeito à profissão do advogado e às garantias do cidadão. Está claro que atual gestão não atendeu às demandas dos advogados no momento mais difícil para a profissão desde a redemocratização. Não fizeram nada pela advocacia e o presidente ainda se presta a tentar reeleição. Portanto, é exatamente essa inércia da gestão que está unindo colegas que realmente estão comprometidos com a advocacia.
Em meio a uma pandemia, com crise econômica que causa desemprego, o que os advogados esperam da OAB?
Foi exatamente nesse momento que a advocacia mais precisou da sua entidade. E foi também agora, na pandemia, que o advogado não viu a sua entidade ativa e defendendo nossas prerrogativas e necessidades mais básicas.
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