Bolsonaro deve vetar plano de saúde da PCDF
Em tempos de pandemia e hospitais públicos lotados, é grande a expectativa entre policiais civis do DF pela manifestação do presidente Jair Bolsonaro a respeito da criação do plano de saúde da categoria. A medida exige autorização federal e foi incluída, por meio de emenda do deputado Luís Miranda (DEM-DF), na lei que trata da reorganização da Polícia Civil, aprovada pelo Senado. O prazo para sanção terminava na última quarta-feira, mas com o feriado de Corpus Christi e o ponto facultativo de hoje, a decisão do presidente ainda não era oficial até ontem à noite. Mas policiais, sindicatos e o autor da emenda já receberam a sinalização da Presidência da República de que esse trecho da lei será cortado por veto presidencial.
Contra a lei do ajuste fiscal
Um acordo com a liderança do governo federal garantiu a aprovação do texto por unanimidade, na íntegra, tanto na Câmara quanto no Senado. O artigo, incluído pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) prevê a possibilidade de autorização ao GDF — mediante dotação orçamentária —, para instituir uma política de assistência à saúde em benefício dos policiais civis. Estava tudo certo, mas houve um parecer jurídico contrário à sanção desse trecho e uma recomendação de veto do Ministério da Economia, por contrariar a Lei Complementar 173/20 que impôs um ajuste fiscal por conta da pandemia. Bolsonaro foi advertido de que poderá incorrer em crime de responsabilidade.
Preocupação
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF), Alex Galvão, disse que a possibilidade do veto preocupa muito a categoria. Atualmente, os policiais civis não dispõem de um plano de saúde próprio. A necessidade, segundo o Sinpol, ficou ainda mais evidente durante a pandemia: 18% do efetivo da PCDF foi contaminado, uma taxa superior a de outras áreas do serviço público.
Derrubada do veto
O deputado Luís Miranda (DEM-DF) diz que recebeu sinal verde do Palácio do Planalto para trabalhar pela derruba do veto. “Vou trabalhar forte”, promete.
Vem aí a bancada bolsonarista
As análises para a disputa ao Senado nas próximas eleições precisam levar em conta um fator: a força de Jair Bolsonaro em Brasília. Apesar de a popularidade do presidente da República ter caído nacionalmente nos últimos meses à medida em que cresce o número de mortes na pandemia, seria um erro subestimar a base bolsonarista no Distrito Federal, especialmente se a crise econômica der um refresco e a população conseguir se vacinar. A exemplo da procuradora aposentada Bia Kicis, que surgiu como uma novidade para o eleitorado e virou deputada federal, outros neófitos na política partidária podem se candidatar. Bia pode ser a candidata ao Senado. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, é um dos cotados para uma candidatura de deputado federal. Mas há outros integrantes do governo com potencial para concorrer ao tapete azul levando a bandeira de Bolsonaro. É o caso, por exemplo, da ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, caso não permaneça na chapa presidencial, também pode concorrer pelo DF.
Prazo final
Com o ingresso do presidente Jair Bolsonaro no Patriotas, o partido deve receber até outubro — a um ano das eleições— os potenciais candidatos para 2022. As articulações estão rolando.
Triplo apoio
A ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Flávia Arruda, trabalha para ter o apoio do governador Ibaneis Rocha, do presidente Jair Bolsonaro e do marido, José Roberto Arruda, na corrida ao Senado.
Só papos
“Eu não sou bolsominion, como adora acreditar quem não me conhece de perto. Eu tenho críticas severas a este que nos governa. Por outro lado, eu tampouco quero que governe essa oposição que se insinua aí pro futuro. Então onde eu estou? Estou num ambiente em que não me sinto representada por ninguém”
Atriz Juliana Paes
“Sabe quem adorou seu discurso a favor
do direito de não se posicionar? A Bia Kicis”
Ator e humorista Gregório Duvivier
A pergunta que não quer calar….
Se o comandante do Exército não consegue punir um general, as instituições estão realmente funcionando?
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