Mortes entre jovens

» Ana Isabel Mansur
» MARIANE RODRIGUES
postado em 21/06/2021 00:51 / atualizado em 21/06/2021 00:51
 (crédito: Minervino J?nior/CB/D.A Press                  )
(crédito: Minervino J?nior/CB/D.A Press )

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou mais 23 mortes em decorrência da covid-19 na capital federal ontem. Dessas, 18 vítimas tinham menos de 59 anos — duas pessoas estavam na faixa etária entre 20 e 29 anos — e o total de vidas perdidas pela doença desde o início da pandemia chegou a 9.094. Com mais 905 diagnósticos positivos da doença, o Distrito Federal soma 423.038 casos de covid-19, dos quais 405.233 (95,8%) são considerados pacientes recuperados.

Tanto a média móvel de mortes quanto de infecções estavam estáveis ontem. O cálculo para os óbitos chegou a 19,8, o que representa queda de 12,4% em relação à média de 6 de junho, 14 dias atrás. Já o resultado dos casos ficou em 823, número 5,3% menor do que o das duas últimas semanas. A taxa de transmissão, por sua vez, teve um leve salto e alcançou 1,01 — o que significa dizer que 100 pessoas com covid-19 podem transmiti-la para outras 101. Há uma semana, o índice estava em 0,96. O número mede a reprodução da pandemia, e resultados acima de 1 indicam reprodução acelerada da doença.

Boletim

Das mortes contabilizadas ontem, três ocorreram entre 15 de março e 29 de maio. Cinco pessoas faleceram ontem e sete, no sábado. O restante dos registros é de 7 de junho a sexta-feira. Todas as vítimas moravam no Distrito Federal e apenas quatro pacientes faleceram em hospitais particulares do DF — as outras pessoas vieram a óbito em unidades da rede de saúde pública da capital federal. Doença cardiovascular acometia oito vítimas e distúrbios metabólicos, seis. Quatro pacientes eram imunossuprimidos e seis, obesos. Uma pessoa sofria de nefropatia, e sete vítimas não apresentavam nenhuma comorbidade.

Fila para vacinar

Na tarde de ontem, aproximadamente 60 carros esperavam por sua vez na fila de vacina contra a covid-19 no estacionamento do Taguaparque, em Taguatinga Norte. E dos diversos sentimentos que os presentes tinham ali, Joseli de Alcântara, 53, era uma das pessoas que aguardava com medo e vontade de se imunizar. Ela afirma ter pavor de vacina e gostaria mesmo que os filhos fossem imunizados. “Eu só fico em casa e sou aposentada agora, meus filhos têm que trabalhar e são jovens, precisam mais do que eu.” Porém a filha comenta o quanto está feliz por ver sua mãe naquele momento à espera da primeira dose.

Muitas vidas foram perdidas no DF. Ronaldo Domiciano, 50, perdeu amores próximos. Uma tia e um sobrinho faleceram por causa do vírus, e ele só quer ver todos por perto vacinados. Ele tomou a primeira dose, e ontem receberia a segunda, mas não conseguiu por falta da CoronaVac. “Fui indicado a procurar (a CoronaVac) em outros pontos durante a semana, mas eu estava ansioso para tomar hoje (ontem) e não acredito que vou voltar para casa sem essa realização”, lamentou.

Na sexta-feira, o DF atingiu novo recorde de pessoas vacinadas com a primeira dose (D1) dos imunizantes contra a covid-19 em 24 horas: 25.728, segundo dados da Secretaria de Saúde. No mesmo dia, 1.131 moradores do DF receberam a segunda dose (D2). Ao todo, 891.587 pessoas tomaram a D1 na capital federal — 4.376 apenas ontem — e 329.878 concluíram o ciclo vacinal com a D2, sendo 87 ontem.

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