OBITUÁRIOS

Bassit Lameiro, pioneira de Brasília

Nélio Sousa*
postado em 25/06/2021 22:38
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

Morreu ontem, aos 101 anos, Brasília Bassit Lameiro da Costa, conhecida pioneira da capital federal. Dona Victória, como era chamada pela família, foi mais uma vítima de complicações causadas pela covid-19. Moradora da Asa Sul, ela estava internada desde 20 de junho em um hospital no Lago Sul. Querida por muitos, Brasília era conhecida por ser cativante, afetuosa, carismática, intensa e sempre orgulhosa de ostentar, profeticamente, desde 1919, o nome da cidade que escolheria para criar a família e viver pelo resto da vida.

De origem mineira, Brasília recebeu o nome a contragosto da mãe, já que, à época do nascimento, estava certo de que seria registrada como Vitória. Para a família, o nome pegou — Vitória também é o nome escolhido para uma das bisnetas de Brasília, que deixa outros 17 bisnetos e 12 netos, além de seis filhos, Eduardo, Roberto, Sérgio, Márcia, Patrícia e Fernando. “Com toda certeza, uma constelação de amigos e admiradores cuja missão passa a ser a de transformar a dor dessa perda em saudade, repleta de gratidão e de boas lembranças, sobretudo em torno da sua mesa, onde sempre cabia mais um”, homenageou Fernando Bassit, filho caçula.

Em 2004, o Correio elaborou um especial no qual explorou fatos marcantes da pioneira da cidade. Na época, aos 84 anos, ela relatou o sonho de conhecer o ex-presidente Juscelino Kubitschek. “Várias vezes tentei encontrar JK para dizer a ele que quem inventou Brasília havia sido meu pai, mas sempre o vi muito de longe.”, relatou Brasília. Em 5 de fevereiro e 5 de março deste ano, foi imunizada com a vacina contra a covid-19. “Ela sofria de demência vascular cerebral há 10 anos e necessitava de oxigênio suplementar há dois anos. Nada diferente nos últimos dias”, relatou Fernando.

* Estagiário sob a supervisão de Adson Boaventura

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Marco Antônio Vieira, ex-presidente da Faceb

 (crédito: Arquivo Pessoal)
crédito: Arquivo Pessoal

O ex-presidente da Fundação de Previdência dos Empregados da Companhia Energética de Brasília (Faceb) Marco Antônio Vieira morreu, na noite de quinta-feira, por complicações da covid-19, aos 59 anos. Ele ficou internado 40 dias na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital em Recife, onde morava com a esposa, Edilaine, desde setembro. Marco Antônio esteve à frente da Faceb entre 2017 e agosto de 2020, quando foi reconduzido como presidente da fundação. No entanto, pediu exoneração para ser diretor de expansão nos restaurantes Nau e Mangai, na capital pernambucana, onde inaugurou unidades dos restaurantes na praia de Boa Viagem.

Natural da capital federal, o ex-presidente da Faceb formou-se em administração de empresas pela Universidade de Brasília (UnB) e fez mestrado na área. Marco Antônio trabalhou por mais de 30 anos na Companhia Energética de Brasília (CEB), onde atuou como superintendente de recursos humanos e financeiro. Com a aposentadoria, começou a se dedicar inteiramente à Faceb, tendo como visão levar a fundação a patamares de equilíbrio e sustentabilidade. “Marco tinha um compromisso com a fundação de cuidar dos empregados e atuar na migração da aposentadoria de todos”, conta Edilaine, casada com Marco Antônio há cerca de 18 anos.

“Marco Antônio é um exemplo de homem de caráter, marido, pai e amigo, e deixa um vazio muito grande. Vai fazer muita falta”, despede-se, emocionada, Edilaine. O ex-presidente da Faceb deixa também o filho Gabriel. “O que nos conforta é a certeza de que ele, em toda a vida, foi honesto nos seus princípios e nunca se furtou em ajudar aos que o procuravam. Compreensível, esteve sempre ao nosso lado nos momentos mais difíceis. Como será bom lembrar dele e de seu coração generoso”, homenageia a família.

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