PROMOTORIA

MP denuncia fazendeiro por ajuda a Lázaro e pede investigação de filho do acusado

Ministério Público de Goiás denunciou à Justiça Elmi Caetano Evangelista. Ele é acusado de ajudar Lázaro a fugir e de ter arma de fogo com identificação adulterada

Darcianne Diogo
postado em 30/06/2021 21:57 / atualizado em 30/06/2021 22:03

O Ministério Público de Goiás (MPGO) apresentou denúncia à Justiça contra o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 74 anos, indiciado nesta quinta-feira (30/6) por suspeita de auxiliar na fuga de Lázaro Barbosa Sousa, 32. No documento, a promotora de Justiça de Cocalzinho de Goiás Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello também pede que o filho do acusado, identificado como Gabriel, seja investigado. Ela acredita que existam indicativos da participação dele no crime de favorecimento pessoal praticado pelo pai.

Elmi Caetano também foi denunciado por posse de arma de fogo com sinal de identificação apagado ou adulterado. Ele tinha uma espingarda de ar comprimido, modificada para disparar munição de calibre 22, e 49 balas do tipo. Além de o equipamento não ter registro, a munição estava em desacordo com determinações legais ou regulamentares.

A promotora argumentou que o fazendeiro abrigou Lázaro em casa de 18 de junho até o dia em que foi preso, na quinta-feira (24/6). Elmi Caetano teria fornecido abrigo, comida e o escondido na fazenda, "de maneira a retardar e dificultar o trabalho da polícia", segundo a denúncia.

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    Elmi Caetano, preso na quinta-feira (24/6) Ed Alves/CB/DA Press

No dia da abordagem, policiais haviam suspeitado da conduta de Elmi Caetano, que havia trancado todos os acessos à fazenda com cadeado, enquanto outros fazendeiros da região deixavam as porteiras das propriedades abertas, para que a polícia prosseguisse com as buscas, de acordo com o documento.

Elmi Caetano e o caseiro Alain Reis, 34, foram presos na juntos, mas o funcionário não foi alvo da denúncia. Em depoimento, ele relatou que recebeu ordens do patrão para não permitir que a polícia entrasse na propriedade e que o fazendeiro acobertava o criminoso. "Ficou claro que ele (Alain) não tinha domínio, influência ou mesmo consciência clara da atuação dolosa e espúria praticada pelo seu empregador", salientou a promotora.

Durante as buscas na fazenda de Elmi Caetano, a polícia encontrou armas e um celular, onde havia mensagens que revelavam a ajuda a Lázaro. Além disso, cães farejadores identificaram o cheiro do então fugitivo no endereço.

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