Patrimônio cultural da humanidade, cidade criativa do design, e terceiro polo gastronômico do país. Essas são algumas das características que fomentam a cadeia produtiva do turismo no Distrito Federal, além da retomada gradual da economia, conforme explicou a secretária de turismo, Vanessa Mendonça, em entrevista à jornalista Samantha Sallum, ontem, no CB. Poder — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília. “O turismo tem uma força e potência que no primeiro movimento de retomada gradual é o primeiro setor que sai na frente”, ressaltou a titular da pasta.
A pluralidade de Brasília faz com que a capital se torne uma cidade que conecta o Brasil ao resto do mundo, segundo Vanessa. Umas das iniciativas da Secretaria de Turismo (Setur) para a retomada do setor são às linhas de crédito criadas. “Brasília, em relação a recurso para a iniciativa privada nas mais diversas categorias, saiu na frente de vários estados”, pontuou. Dentre as novidades do turismo na capital que tem aquecido o setor, está a alíquota de 2% para o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) incidente sobre a prestação de serviços no exercício das atividades constantes da lista de serviços anexa à Lei complementar federal nº 116, de 31 de julho de 2003. “São medidas que fazem a diferença e que demonstram que é um governo que está atuando de forma efetiva. Não é promessa, não é fala, é muito trabalho”, garantiu.
Dentre as linhas de financiamento especiais destinadas ao setor turístico, está o Fundo Geral de Turismo (Fungetur), que o Banco de Brasília (BRB) disponibiliza como recurso para conceder financiamento especial ao setor. No fim do ano passado, o banco recebeu aporte de R$ 521 milhões e o credenciamento junto ao Ministério de Turismo. “Também foi uma conquista histórica para Brasília. Foi a primeira vez que conseguimos nos inscrever. E isso se dá em decorrência de resultados econômicos, financeiros, do banco e do governo”, destacou Vanessa.
A partir da Fungetur, a secretária explicou que regiões administrativas (RAs) do DF têm conseguido impulsionar e fomentar o turismo local. “Nós estamos trabalhando e levando aos empresários de todos os segmentos e de cada uma das nossas RAs, essa linha de crédito, explicando, levando e visitando as propriedades. É aí onde entra o turismo rural e todo esse eixo que se construiu de uma maneira fantástica e que mostra que Brasília é muito mais do que as pessoas imaginam e, que de fato, temos de tudo aqui”, afirmou a secretária.
Rotas e pontos
A Coleção Rotas Brasília, que surgiu como estratégia de impulsionar o turismo ao longo da pandemia da covid-19, reúne locais que abarcam as características da cidade. Para descobrir Brasília, sem sair de casa, moradores e visitantes podem selecionar quais rotas desejam fazer. Dentre as opções estão: cerrado, náutica, arquitetônica, cultural, cívica, da paz e fora dos eixos. Elas podem ser conferidas no site da Setur (www.turismo.df.gov.br).
Vanessa ressaltou o projeto permite que moradores explorem outros atrativos da capital federal. “Cada uma delas (rotas) permite que nós, que moramos aqui, possamos nos orientar por meio de um roteiro. Eu costumo dizer muito isso para motoristas, para que utilizem nossa plataforma, porque é uma forma de conhecer melhor os pontos da cidade e poder mostrá-los. Isso tem auxiliado a todos, eu diria não os visitantes, mas nós que moramos aqui”, frisou.
A pasta visa a criação de rotas, dentre elas, a do enoturismo, com foco nos vinhos, uma vez que Brasília tem desenvolvendo essa cultura por meio do Programa de Assentamento Dirigido do DF (PAD-DF). “Estamos elaborando a do enoturismo, que está sendo estruturada no PAD-DF. Já temos vinícolas que produzem vinho. É um segmento extraordinário, que oferece uma experiência do turismo gastronômico, do agroturismo, do enoturismo, do turismo de contemplação e, o mais interessante, é que todas as propriedades estão com reservas até o final de setembro. São locais extraordinários”, afirmou Vanessa que adiantou que a pasta pretende, também, criar a rota Brasília Capital do Rock.
A Setur e os administradores regionais têm trabalhado em um projeto integrado para ampliação das rotas turísticas nas Ras. É o programa Turismo em Ação. “Visitamos os empreendimentos do setor de turismo, que são dos mais variados. Muitas vezes, é um pesque e pague que tem um potencial para se transformar em hospedagem. Vamos até lá, com a equipe do Banco de Brasília (BRB) conosco para explicar o Fornatur (Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais do Turismo), qualificamos o artesão dali, entregamos a carteira do artesanato, e lançamos, por exemplo, Brazlândia na rota do turismo, assim como Ceilândia, Guará, e Gama”, detalhou. Após os estudos em cada RA, a equipe da pasta relaciona os pontos com os mais variados segmentos.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.