investigação

Viúva de Lázaro afirma que não sabia de ligação com fazendeiro preso

Ellen Vieira foi ouvida pela Polícia de Goiás como informante e colabora com investigações. Ela não é investigada no caso

Jéssica Moura
postado em 09/07/2021 09:55 / atualizado em 09/07/2021 09:55
Lázaro foi perseguido durante 20 dias por mais de 270 policiais -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Lázaro foi perseguido durante 20 dias por mais de 270 policiais - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Após 12 dias da localização e morte de Lázaro Barbosa, que foi procurado por uma força-tarefa durante 20 dias, as investigações continuam. Nesta quinta-feira (8/7), a viúva do homem, Ellen Vieira, prestou depoimento na 2ª Delegacia de Polícia de Águas Lindas sobre o caso. Ela não é investigada, mas colabora com a apuração policial.

Durante o depoimento, Ellen disse à delegada Rafaela Azzi que desconhecia qualquer relação entre Lázaro e o fazendeiro Elmi Caetano, preso desde 24 de junho acusado de acobertar o foragido. O depoimento durou cerca de uma hora. "Ellen respondeu que não tinha conhecimento de nenhuma tratativa, desconhecia por completo", relatou a advogada da mulher, Helda Sampaio.

Ellen e Lázaro têm uma filha e conviveram ao longo dos últimos três anos. Nesse período, ela disse à polícia que o relacionamento era pacífico. "Queriam saber se ele (Lázaro) era uma pessoa violenta", reforçou Helda. "Nos anos que conviveu com ele, não relatou nenhum tipo de violência por parte do Lázaro, em relação a ela ou à filha".

"Ela está bastante abalada com a situação, não pode sair às ruas por conta desse episódio que ocorreu, ela está sendo muito exposta em razão desse fato que envolve ela indiretamente", pontuou.

O caso

Lázaro Barbosa é apontado como o autor da chacina do Incra 9, ocorrida em 9 de junho, na qual quatro pessoas da mesma família foram mortas. Depois de matar Cláudio Vidal, 48, os dois filhos, Gustavo Marques, 21, e Carlos Eduardo Marques, 15, Lázaro teria sequestrado Cleonice Vidal, 43, cujo corpo foi encontrado em um córrego perto da região.

A caçada para prendê-lo envolveu forças policiais civis e militares do Distrito Federal e de Goiás que, somadas à Polícia Federal e Rodoviária Federal, chegaram a 270 agentes em uma megaoperação de buscas na região de Cocalzinho (GO).

Ao longo de 20 dias, ele invadiu chácaras, fez pessoas reféns, roubou carros e trocou tiros com policiais até ser encontrado em uma área de mata em Águas Lindas, em 28 de junho.

Em 24 de junho, um fazendeiro se recusou a parar no bloqueio policial montado em uma estrada do distrito de Girassol, o que levantou suspeitas. Depois de parado pelos agentes, o motorista e chacareiro Elmi Caetano foi preso.

Na fazenda de Elmi foram encontradas armas e munições. O caseiro relatou, em depoimento à polícia, que Elmi estava ajudando Lázaro a fugir há pelo menos cinco dias. Nesta semana, a justiça acolheu a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) e o fazendeiro se tornou réu.

Os investigadores querem apurar a relação entre Elmi e Lázaro para saber se o fazendeiro tem ligação com os crimes praticados por ele.



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