Mulheres no combate ao tráfico de drogas
As cinco varas especializadas em entorpecentes do Distrito Federal são comandadas por mulheres. As juízas Monica Iannini Malgueiro, Léa Martins Sales Ciarlini, Joelci Araújo Diniz, Ana Leticia Martins Santini e Rejane Zenir Jungbluth Teixeira Suxberger (foto) são as responsáveis por condenar traficantes de drogas. E, para completar o universo feminino em uma área em que há crimes tão pesados, todas as varas têm diretoras de secretaria. “Nós só percebemos isso depois da minha remoção. Eu achei isso bem interessante. É um fator importante para o tribunal”, afirma Rejane, que acaba de ser transferida da Vara de Violência Doméstica e de Família de São Sebastião para a recém-criada 5ª Vara de Entorpecentes do DF. É bom que traficantes pensem duas vezes porque, em geral, as mulheres são mais rigorosas com esse tipo de crime.
Repeteco
O deputado Luis Miranda (DEM-DF) presta depoimento nesta terça-feira à Polícia Federal sobre o caso da Covaxin. Vai para confirmar o que disse na CPI da Covid.
Projeto Congresso
Braço direito da ministra Flávia Arruda, na Secretaria de Governo da Presidência da República, o delegado Rafael Sampaio começa a investir numa carreira política com vistas a concorrer nas próximas eleições. Ele fez ontem um bate-papo com colegas na Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol). No convite, expôs sua pretensão: “Como é do conhecimento de todos, estamos viabilizando um caminho para nós, no Congresso Nacional”. Sinal de que Flávia estará em disputa majoritária, como candidata ao Senado, vice ou governadora.
MP defende antecipação da segunda dose das vacinas contra covid
O chefe da força-tarefa de combate à pandemia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Eduardo Sabo, defende a antecipação da segunda dose das vacinas contra a covid-19, como forma de acelerar o processo de imunização no DF e evitar a propagação da variante Delta do coronavírus. O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, chegou a anunciar a redução do prazo de 12 semanas para 60 dias entre as duas doses da Astrazeneca, mas foi freado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O problema é que nem todas as unidades da federação têm estoque suficiente para adotar essa medida.
Criatura
Entre integrantes da AGU, o comentário é de que André Mendonça é leal ao presidente Jair Bolsonaro, mas, no STF, pode se tornar uma espécie de Joaquim Barbosa. Quando a criatura se volta contra o criador.
Mandou bem
A taxa de homicídios no Distrito Federal teve redução de 13,4%, em 2020, comparado com o ano anterior. A marca é bem mais alta que a média do país, que registrou aumento de 5,6%. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública (FBSP).
Mandou mal
O Congresso aprovou no texto da LDO para 2022 um aumento do Fundo Eleitoral — dinheiro público para campanhas de políticos — que triplica a verba, passando de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 bilhões.
Para piorar, o país vive uma pandemia que o coloca em segundo lugar no número de mortes.
Vice
O ex-deputado Joe Valle (PDT) tem conversado com alguns grupos sobre a possibilidade de ser vice na disputa ao GDF.
Enquanto isso…
Na sala de Justiça
O procurador de Justiça Chico Leite, ex-deputado distrital, avaliou como inconstitucional o projeto de lei que cria regras para a Política Distrital de Incentivo à Geração de Energia em unidades do sistema penitenciário do DF. A proposição, prevê o uso de bicicletas estacionárias pelos detentos como forma de geração de energia elétrica. A cada 16 horas pedaladas, o detento poderá ter um dia de redução de pena. O projeto, do deputado Martins Machado (Republicanos), foi aprovado com 16 votos favoráveis e dois votos contrários, dos deputados Fábio Félix (Psol) e Arlete Sampaio (PT). Chico Leite considerou inconstitucional, porque remição é matéria de pena, não de administração penitenciária. É definida pela lei de execução penal. “A lei prevê três hipóteses: estudo, trabalho e leitura. Exercício físico não está previsto”, analisa o procurador. Sinal de que a proposta, caso seja sancionada, deverá ser alvo de uma ação direta de inconstitucionalidade.
A pergunta que não quer calar
Votação simbólica, sem registro da posição de cada deputado ou senador, para que o parlamentar possa se esconder do eleitor é ou não um desaforo?
À QUEIMA-ROUPA
Hélvia Paranaguá
Secretária de Educação do DF
“Uma criança na alfabetização precisa do professor, inclusive, para ensinar como se segura o lápis. Esse é só um exemplo de como houve perda. Mas ninguém esperava a pandemia, então, o ensino remoto foi a solução que se conseguiu”.
Na volta às aulas presenciais, o governador Ibaneis Rocha decidiu fazer mudanças na Secretaria de Educação. Quando fez o convite, o que ele pediu?
Pediu para cuidar do retorno às aulas presenciais. O governador quer dar atenção ao estudante, que deve ser o centro das atenções da Secretaria.
Em que cargos a senhora passou na Secretaria de Educação?
Eu já estive em vários cargos. Cuidei da Educação Integral, estava agora à frente da EAPE, que é a Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação, responsável pelo aperfeiçoamento dos professores. Mas jamais devo esquecer que sou professora. Entrei por concurso na Secretaria para trabalhar na sala de aula. E acho mesmo que a base da tudo é a sala de aula, porque o estudante é o motivo de o
professor existir.
A senhora esteve também na Secretaria de Agricultura. É uma coringa no governo?
Se você andar pelo governo, vai encontrar professores em todas as secretarias (risos). Nós, professores, talvez tenhamos essa característica.
Já conhecia Ibaneis antes de ele entrar na política? São da mesma idade…
Conhecia sim. Lembre que ele foi presidente da OAB, que é um cargo eletivo, mas não da política partidária. Antes de ser político, ele é advogado renomado e um cidadão atuante em Brasília. Aliás, eu nasci no Piauí e vivi grande parte da minha vida em Brasília. Mas o governador nasceu em Brasília, no Hospital de Base, antes de ir morar no Piauí durante a infância. Parece que as pessoas se esquecem disso.
A rede pública está preparada para a volta às aulas presenciais?
Está sim. Estamos tomando algumas providências finais, mas posso dizer que, de forma geral, está tudo encaminhado: professores vacinados, escolas reformadas. Agora, estamos cuidando da volta do batalhão escolar, iluminação, poda e limpeza, álcool em gel, iluminação do caminho até a escola, esse tipo de detalhe.
Que medidas de segurança serão tomadas?
Segurança sanitária, você deve estar se referindo. Adotaremos o modelo híbrido, em que a turma é dividida entre presencial e remoto, para que respeitemos o distanciamento entre os estudantes dentro da sala de aula. No mais, teremos aqueles cuidados com lavagem constante das mãos, uso de máscaras, isolamento em caso de infecção, enfim, os protocolos já conhecidos.
Qual a sua avaliação sobre as aulas a distância? Houve muitos prejuízos para os alunos neste um ano e meio da pandemia?
É inegável que houve, claro que houve. Uma criança na alfabetização precisa do professor, inclusive, para ensinar como se segura o lápis. Esse é só um exemplo de como houve perda. Mas ninguém esperava a pandemia, então, o ensino remoto foi a solução que se conseguiu. Em todos os momentos da história, o homem enfrentou novidade de vida, por isso, somos adaptáveis. Ao meio ambiente social, profissional e emocional. As aulas a distância foram um aprendizado. Um aprendizado para nós, professores, para os alunos, que otimizaram os meios digitais de comunicação para um novo viés e para as famílias, que enfrentaram com muito empenho todo tipo de dificuldades. A marca, para mim, é a qualidade e o trato dos nossos profissionais, que são inquestionáveis. Se não fosse a dedicação, a paixão, o empenho de cada um, o resultado poderia ter sido de dimensões maiores. Nossos professores são heróis e devem ser valorizados pelo cuidado que externaram em suas práticas pedagógicas.
Como recuperar os prejuízos?
Com estudantes nas salas de aula, reforço escolar, busca ativa, avaliação diagnóstica, professores estimulados e acolhidos, gestão eficiente e participativa.
Nas suas redes há várias menções ao presidente Bolsonaro. A senhora é eleitora dele?
O voto é secreto...
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