Eixo capital

Ana Maria Campos
postado em 27/07/2021 22:47
 (crédito: Agencia Senado/Divulgação)
(crédito: Agencia Senado/Divulgação)

PSB abre guerra com Leila Barros

O diretório nacional do PSB não vai deixar barata a desfiliação da senadora Leila Barros (PSB). O partido ajuizou, ontem, uma ação monitória contra a parlamentar para cobrar uma suposta dívida de R$ 102.481,75, decorrente do não recolhimento da contribuição financeira mensal devida por filiados do PSB com mandato eletivo, prevista no Estatuto partidário. Tramita na 22ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Mas não é só isso. A direção da legenda pretende pedir na Justiça o mandato de Leila, alegando que custeou, com fundo eleitoral, toda a campanha da ex-atleta olímpica. E mais: a executiva nacional analisa aprovar uma resolução proibindo o PSB-DF de fechar coligação com o partido de Leila, caso ela seja candidata a governadora. Virou guerra.

 

Mais pedidos ao Ministério da Saúde

O deputado Júlio César Ribeiro (Republicanos-DF) entrou na força-tarefa política para a obtenção de 290 mil vacinas extras para o Distrito Federal, como compensação por doses aplicadas em moradores de outras unidades da federação ou pela lista de prioridades subavaliadas pelo Ministério da Saúde. Ribeiro, que é da base do governo Bolsonaro, enviou um ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ressaltando que, com seis meses do início do programa de imunização, o DF vacinou com a primeira dose apenas 39% da população.

 

Fake news para justificar veto

O presidente Jair Bolsonaro usou, em entrevista ontem, falsos argumentos para justificar o veto ao projeto que facilita o acesso de pacientes com câncer à quimioterapia oral. Ele disse que não poderia sancionar o texto, de autoria do senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF), porque seria crime de responsabilidade, uma vez que determinar que operadoras privadas de plano de saúde arquem com o custo de medicamentos tomados em casa — e não em hospitais — criaria despesas para o governo, sem previsão de fonte de despesa. Ocorre que o projeto não tem nenhuma relação direta com o SUS. Na verdade, atinge os pacientes que pagam planos de saúde para serem tratados em hospitais particulares. Os grandes beneficiários do veto são essas operadoras privadas de assistência à saúde. Na justificativa oficial, encaminhada ao Congresso, Bolsonaro sustentou que a medida contraria o interesse público porque acarretaria “inevitável repasse dos custos adicionais aos consumidores”.

 

Polícia Civil do DF tem a responsabilidade de apurar causa de lesões de Joice Hasselmann

A aposta de agentes da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados é de que a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) sofreu uma, ou várias quedas, dentro do próprio apartamento funcional, em prédio na 302 Norte. Por isso, teria se ferido sozinha. Mas a parlamentar — que tem muitos inimigos — diz que a milícia pode ter agido. “Já disse com todas as letras que isso não é coisa de amador, mas de profissional. Ninguém entraria na casa de uma parlamentar para agredi-la dando ‘tchauzinho’ para a câmera do térreo ou do elevador, tendo tantos pontos cegos no prédio. Não terei o mesmo destino de PC Farias”, disse. Com a palavra, agora, a Polícia Civil do Distrito Federal. O caso está na 2ª DP, da Asa Norte.

 

À QUEIMA-ROUPA

Giselle Ferreira Secretária de Esporte e Lazer do DF

Quando chegam os Jogos Olímpicos, todo mundo pensa: será que o governo está contribuindo para formar bons atletas? O que o GDF tem feito para isso?
O Governo do Distrito Federal tem criado e desenvolvido diversos programas e projetos com o objetivo de incentivar e democratizar a prática esportiva e a formação de atletas no DF. Em 2021, o nosso Programa Bolsa Atleta atende a 130 atletas olímpicos e 107 atletas paralímpicos por mês, com a previsão de cerca de
R$ 1,7 milhão para modalidades olímpicas e R$ 1 milhão para modalidades paralímpicas, o que totalizará cerca de R$ 2,7 milhões investidos no esporte do Distrito Federal. O programa Compete Brasília, que concede passagens para atletas competirem no Brasil e no mundo, continua atendendo a comunidade esportiva da capital. Desde o ano passado, mesmo com o período da pandemia, foram quase 1.500 contemplados. Os nossos 12 Centros Olímpicos e Paralímpicos foram informatizados e duplicamos os atendimentos de 29 mil para 62 mil vagas. Vale destacar que o atleta de saltos ornamentais Kawan Pereira descobriu a modalidade no nosso COP do Gama, e hoje representa o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. E Taguatinga que não possuía um COP, agora contará com o Centro de Excelência em Esporte que receberá 1,5 mil pessoas, em uma parceria inédita com o SESI. As construções, melhorias e reformas também não param. Nove campos sintéticos e 20 campos de areia serão inaugurados por todo o DF, reformamos a Praça da Capoeira, banheiros, calçadas e trocamos a iluminação das quadras de areia do Parque da Cidade.

O orçamento da bolsa atleta é baixo em relação a um orçamento de R$ 42 bilhões?
A Secretaria de Esporte e Lazer atendeu a uma antiga reivindicação dos esportistas da cidade e aumentou, em 2020, os valores do Programa Bolsa Atleta em até 93%. Todos os valores foram reajustados de R$ 183 a R$ 3.315 para R$ 354 a
R$ 6.400. Além de pagar maiores valores em relação as mesmas categorias do programa Bolsa Atleta Nacional.

Temos uma atleta de Ceilândia competindo, Ketleyn Quadros, judoca que foi porta-bandeira do Brasil e sambou na cerimônia de abertura. O GDF deu algum apoio?
As artes marciais estão presentes de forma contínua em nossa pasta. Seguindo os protocolos de segurança, as competições de jiu-jítsu e judô foram as primeiras a retornarem às atividades competitivas. Quanto ao apoio a Ketleyn, há na lei que rege o Bolsa Atleta algumas regras específicas, entre elas de que o esportista resida e tenha morado nos últimos 3 anos no DF, e, hoje, para representar o país em sua modalidade, Ketleyn não reside mais no DF.

Vimos uma menina de 13 anos brilhar com a medalha de prata no skate. Existe espaço para crianças e adolescentes receberem incentivo no skate como a fadinha Rayssa Leal?
Sim, sabemos que cerca de 300 mil pessoas praticam o esporte no DF, e pensando nisso, a Secretaria de Esporte e Lazer, com o apoio do governador Ibaneis, vai construir dois complexos desportivos — com padrões olímpicos — para a prática de skate, nos dois maiores parques urbanos do DF, o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek e no Taguaparque. Os projetos contam com duas pistas e vestiários. A área de convívio vai contemplar pelo menos três estilos de skate: street, park e downhill.

Brasília é uma cidade propícia para a atividade física. O que tem sido feito para incentivar essa vocação durante a pandemia?
Brasília é uma academia a céu aberto. Sabemos que a prática esportiva faz parte da vida dos brasilienses e com a chegada do novo normal, após a pandemia da covid-19, será ainda mais importante às famílias utilizarem os espaços abertos da cidade. Pensando nisso, estamos abrindo novas avenidas aos domingos, além do Eixão do Lazer, temos, agora, o Viva W3 e a Rua do lazer no Paranoá. A deputada Celina Leão, na sua gestão na SEL, conseguiu reabrir as academias e os parques para que a população pudesse continuar a praticar esportes. E também conseguimos elevar a categoria dos profissionais de educação física para representantes da saúde, o que garantiu a essencialidade do trabalho e posteriormente a prioridade na vacinação.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação