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"Treine muito, mas muito mesmo, e quando estiver bem cansado,
treine mais um pouquinho, porque esse pouquinho vai te fazer melhor."
Oscar Schmidt
Nikkei vira Santé para otimizar negócio na pandemia
O empresário brasiliense Oswaldo Scafuto, 41 anos, deu uma guinada estratégica no empreendimento para enfrentar a pandemia. Junto da equipe, percebeu a necessidade de uma adaptação rápida ao novo cenário e reagiu otimizando a gestão dos seus restaurantes. Com o sucesso consolidado do Santé 13, na Asa Norte, decidiu transformar o japonês Nikkei, no Setor de Clubes Sul, no Santé Lago. “Vendo a oscilação de movimento e de custo de matéria-prima no japonês, que tem uma cozinha muito sensível, com equipe reduzida, dificuldade de caixa e a necessidade de fazer mais do que nunca uma política de bom relacionamento com fornecedor, enxergamos que a melhor saída seria unificar à mesma bandeira do Santé, para que a gente pudesse ter um melhor aproveitamento de estoque, por exemplo”, conta.
A volta dos eventos
Segundo ele, já havia o plano de abrir o segundo Santé, mas não agora, nem substituindo uma outra operação. “O Nikkei ia muito bem até a pandemia”, lembra. A remodelagem do negócio deu certo. Aberto desde setembro do ano passado, bateu recorde de faturamento do local. O chef Divino Barbosa, que comanda a cozinha do Santé desde a inauguração, há 9 anos, assumiu o desafio de cuidar das duas casas. E os dois colhem frutos. O espaço, de três andares, incluindo o rooftop, com vista privilegiada para a Ponte JK, está com agenda disputada para eventos como mini-weddings e confraternizações para até 80 pessoas.
União do setor
Publicitário, formado pelo Ceub, Scafuto está unido a um grupo de empresários que se organizou para ser mais uma voz a representar o setor de bares e restaurantes no DF. “Incentivamos a criação da frente parlamentar com 11 distritais para nos representar na Câmara. Nossa intenção é somar os esforços à Abrasel e ao Sindhobar. “Fomos muito prejudicados, porque não existia nenhuma comprovação de que o nosso setor era um vilão, sendo que ali a gente tinha várias outras frentes importantes da população para serem cuidadas, como o transporte público e as festas particulares e clandestinas”, aponta.
Polêmica sobre horários
O empresário afirma ser urgente um plano de recuperação econômica para o segmento, que ainda sofre com a restrição de horário de funcionamento. “O horário normal do estabelecimento seria até uma da manhã. Mas tenho de fechar à meia-noite, então já paro a operação por volta das 23h. São quase menos duas horas a menos, isso causa muitos prejuízos”, reclama. Ele aponta contradições nas decisões do GDF. “Então por que eu não posso exercer o meu trabalho dentro daquilo que é permitido para mim dentro do potencial de faturamento e outros setores podem? Sendo que eu tenho regras de cumprimentos de protocolos de saúde. Isso é deixar de enxergar com empatia os segmentos da economia”, frisa.
Dia dos Pais pós-vacina
O próximo Dia dos Pais será muito simbólico. Uma pesquisa do comércio aponta que 45% dos que não vão comprar presentes é porque não têm para quem dar. Muitas famílias perderam entes queridos para a covid-19. Filhos tiveram de se despedir dos seus pais na pandemia. Para outros, a data, com a vacinação sendo ampliada, vai poder reunir novamente muitas famílias, mantendo ainda os cuidados necessários. Mas para muitos a vacina chegou tarde.
Expectativa de vendas
Mesmo assim, as expectativas dos lojistas no Distrito Federal são boas para a data. Pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF revela que 60,67% dos entrevistados pretendem comprar um presente para o Dia dos Pais 2021.
Índice de recompra
Mais da metade dos consumidores entrevistados pretende comprar em lojas de rua/bairro (50,80%), seguido por lojas de shoppings (26,80%). A pesquisa também mostrou que 51,78% voltariam à mesma loja que ofereceu descontos e promoções em compras anteriores. Trata-se do índice de recompra. Nele também são levados em conta o bom relacionamento (17%) e a facilidade de pagamento (9%).
Preços mantidos
A grande maioria dos lojistas (79,25%) declarou que manterá os preços exercidos no Dia dos Pais de 2020. Outros 19,25% declararam que aumentarão para pagar fornecedores. A pesquisa ouviu 417 consumidores em diferentes pontos do DF e consultou 400 empresas.
Top 5 massas
Todo dia 29 do mês é tradição comer nhoque com nota de dólar embaixo do prato para atrair prosperidade, e hoje também é o dia da lasanha. Então, o top 5 da coluna faz uma homenagem às massas de forma geral, para valorizar os empreendimentos brasilienses de gastronomia.
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1. Pasta al cioccolato con gamberi alla provenzale, da Luigi Trattoria, no Brasil 21. O linguine, acompanhado de camarão, é feito de cacau 100% e não torna o prato adocicado. O molho, feito à base de espumante, kiwi e queijo gorgonzola, é literalmente de tomar de colherzinha até a última gota de tão gostoso e surpreendente. Assinado pelo chef Edilson Oliveira.
2. Ravioli Caprese, do Dolce Far Niente, no Complexo Gastronômico da chef Lídia Nasser em Águas Claras e no Sudoeste. Recheado com muçarela de búfala, ao molho pomodori, tomate-cereja e manjericão.
3. Nhoque artesanal de aipim com creme de batata e tiras de filé de mignon, do Santé Lago, assinado pelo chef Divino Barbosa.
4. Ravioli de brie com mel trufado e amêndoas (foto), da Ravioli e Cia (302 Sudoeste e 214 Norte). Esse é para levar semipronto e fazer um jantar especial em casa, assinado por Daiane Paes.
5. A tradicional lasanha bolonhesa da Cantina Massa, na 302 Sul, de Alda Bressan.
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