Eixo capital

Ana Maria Campos
postado em 29/07/2021 23:00

Olha a onda…

Na véspera do início das aulas presenciais nas escolas públicas do DF, a variante Delta da covid-19 chegou para valer no Distrito Federal. No Hospital de Apoio, houve 51 casos confirmados de infecção, com pelo menos 44 da cepa Delta. Houve quatro mortes, sendo um óbito de uma copeira que atendia na unidade. Com comorbidades, ela tinha tomado as duas doses da vacina e, mesmo assim, não resistiu. Mas o clima no governo é de cautela. Essa onda ainda está em formação, e não se sabe o tamanho da arrebentação.


Aniversário badalado na Catedral

O aniversário de 51 anos do secretário de Economia do DF, André Clemente, reuniu ontem políticos, empresários, secretários, presidentes de empresas, servidores, sindicalistas e representantes do setor produtivo — Fibra, Fercomércio e Sinduscon — em uma missa na Catedral Metropolitana de Brasília, celebrada pelo bispo-auxiliar de Brasília, dom Marcony Ferreira. Foi um evento digno de um pré-candidato. Dono da chave do cofre, Clemente é o secretário que faz as coisas acontecerem no governo de Ibaneis Rocha.


Thais Riedel pede informações sobre as eleições da OAB-DF

A menos de quatro meses da eleição para a presidência da OAB-DF, a pré-candidata Thais Riedel pediu ao comando da entidade todos os detalhes sobre o processo. Segundo a advogada, até o momento, só se sabe que a votação ocorrerá eletronicamente, e as campanhas estão em ritmo acelerado. “Será a primeira vez que utilizaremos um sistema eletrônico de votação. É urgente que os advogados saibam quais são os pré-requisitos mínimos necessários para que eles exerçam o direito ao voto”, destaca Thais. A advogada também pede informações sobre a empresa que está sendo contratada para desenvolver o programa de votação.


Primeira reitora

Na solenidade de sanção da lei que criou a Universidade do Distrito Federal (UnDF) Jorge Amaury, o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou a professora Simone Benck, atual diretora-executiva da Fundação Universidade Aberta do Distrito Federal (Funab), como primeira reitora da instituição. Ela é doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UnB). Integra a carreira de professora da Secretaria de Educação do DF.


Só papos

“Chora, chora que to feliz! Hehehehe”

Surfista japonês Kanoa Igarashi, medalha de prata no surfe olímpico, depois de vencer o brasileiro Gabriel Medina, com uma pontuação questionada pela torcida brasileira

“Tem que ter paciência. Fazer palhaçada depois que ganha é fácil. Todo mundo se respeita no circuito. Ganhei inúmeras vezes dele e nunca brinquei. Prefiro trabalhar em silêncio, fazer o meu e focar”

Gabriel Medina, ao desembarcar no Brasil

 

À QUEIMA-ROUPA

Renato Ribeiro de Almeida, professor de direito eleitoral e coordenador acadêmico da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep)

Na live convocada para defender o voto auditável, o presidente Jair Bolsonaro apresentou provas de fraude nas eleições no Brasil?
O presidente, infelizmente, não apresentou provas de fraude nas eleições. Na verdade, apresentou conjecturas que nunca aconteceram realmente. Frustrou todas as expectativas daqueles que dedicaram sua atenção ao ouvi-lo. Diante da iminente derrota nas eleições vindouras, o que fará de Bolsonaro o único presidente democraticamente eleito após a redemocratização a não conseguir a própria reeleição, ele resolveu depositar todo seu arsenal contra a urna eletrônica.
O que acontece se ele apresentar provas de uma eleição que já passou?
Se fossem apresentadas provas reais, teríamos uma comprovação, sendo algo que não deixasse dúvidas, teríamos que voltar atrás. Ele estaria fazendo um serviço bom à democracia brasileira. Acontece que o presidente não apresentou. Ele simplesmente fez as mesmas relações que sempre fez. Se ele apresentasse essas provas, seria muito bom, pois teríamos a comprovação que ele tanto divulga, mas não o fez. Mais uma vez, promoveu um desserviço à democracia brasileira.

Qual é a sua opinião sobre o voto impresso?
O sistema eleitoral é plenamente auditável. Há auditorias. É possível auditar em todas as fases. O problema é a confusão por absoluto desconhecimento de acreditar que auditoria se cinge a simplesmente fazer uma contagem manual desses votos. Não é isso. Você pode auditar de maneira tecnológica as próprias urnas eletrônicas e também a totalização desses votos, em todas as fases, desde o momento em que você carrega a urna eletrônica com os dados de cada candidato. Essa colocação de que o sistema atual é inauditável, é simplória de quem desconhece a tecnologia, de quem acredita que a auditoria é restrita à contagem manual das coisas. É uma prova de profunda ignorância a respeito da tecnologia empregada nas urnas eletrônicas e que não condiz com a realidade, até porque o TSE já disse em várias oportunidades que as urnas são plenamente auditáveis.

O que está em jogo?
Isso cria um clima de desconfiança que tende a desacreditar as eleições e a servir, no limite, de justificativa para um golpe, uma ruptura democrática. Chamo essa tática de estratégia jabulani. Todos se recordam da Copa do Mundo de 2010. Jogadores que não tiveram sucesso culparam a bola da FIFA por seu fracasso nos gramados. A Espanha se adaptou a essa bola e saiu campeã. Bolsonaro usa a mesma estratégia. Culpa a urna eletrônica por já ter certeza de que vai perder as eleições. Como não é do seu feitio admitir o próprio fracasso, fará como maus perdedores fazem: colocam a culpa em algo ou alguém.

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