Executivo

Obras do Parque Burle Marx iniciadas

Após 10 anos de espera, o Parque Ecológico Burle Marx sairá do papel e contará com ampla estrutura de esporte e lazer para a população do Distrito Federal, atendendo, principalmente, aos moradores do Noroeste e da Asa Norte. A assinatura da ordem de serviço que marca o início das obras da primeira etapa de implementação do parque foi feita pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), ontem. A expectativa de conclusão dessa fase é dezembro deste ano. Entre janeiro e fevereiro, deve ser lançada a segunda etapa, com a implementação de ciclovias e calçadas na parte externa. A previsão é de que, até junho de 2022, todo o empreendimento esteja pronto.

Entre as instalações previstas nesta primeira etapa estão a implementação de estacionamentos, a criação de duas ilhas de lazer compostas por campo de futebol, quadras poliesportivas, quadras de areia, pontos de encontro comunitários (PECs), academias ao ar livre, parquinho infantil, pergolados, bicicletários e sanitários. Além da construção de duas guaritas, uma voltada para a Asa Norte e outra para o Noroeste a fim de facilitar o acesso dos moradores.

O presidente em exercício da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), Leonardo Mundim, destaca que essa é uma das várias benfeitorias destinadas à região. “Existe uma dívida de mais de 10 anos da Terracap e do GDF para com a comunidade do Setor Noroeste, no sentido de priorizar a sua infraestrutura e seus equipamentos públicos. Em abril deste ano, entregamos a tão esperada via W9, batizada como a avenida dos Ipês, e, hoje, inicia-se a efetiva implantação do Parque Burle Max. Serão R$ 6,8 milhões investidos pela Terracap nesta primeira etapa”, anunciou Mundim.

“E outras melhorias programadas estão em andamento, como a licitação já iniciada para o enterramento da rede elétrica de sete quadras, aqui, no Noroeste e a instalação das lixeiras, cuja a primeira etapa tem previsão de 250 lixeiras subterrâneas, já foram instaladas 110”, complementou Leonardo Mundim.

O governador Ibaneis Rocha adiantou que o governo faz um mapeamento das necessidades de infraestrutura da região. “Essa é uma cidade em movimento que precisa de projetos. Eu já determinei (ao secretário de governo) para que faça um levantamento do que precisa ser feito de obra no Noroeste, para que a gente entregue um bairro completo”, destacou o chefe do Executivo local. Sobre a implementação do Parque Burle Marx, Ibaneis afirmou: “A gente espera dar à cidade, não só do Noroeste, mas também para a população da Asa Norte, um parque merecido, assim como nós temos o Parque da Cidade. Nós sabemos que as áreas de lazer da população do DF são exatamente os parques e queremos que eles possam usufruir”.

Representante da Associação dos Moradores do Noroeste, Amaury Kakumori argumenta que a instalação do Parque Burle Marx trará mais segurança para quem reside na região. “Nosso maior índice de assaltos acontece na passagem das pessoas que atravessam ou que andam ao lado do parque. Falta iluminação”, revelou. O parque compreende um espaço de 280 hectares.

Ocupação irregular
A demora pela criação do parque ecológico trouxe problemas no passado. Entre eles, o descarte indevido de lixo na área de proteção ambiental e a ocupação irregular de catadores de materiais recicláveis. Em 2016, houve um acordo do GDF com 77 famílias que viviam ali, e o local foi desocupado. No entanto, tempo depois, a invasão por catadores voltou a acontecer, e o espaço foi cercado.

Na área também havia um depósito de carcaças de veículos, próximo ao Departamento de Trânsito (Detran-DF). Uma ação do Brasília Ambiental (Ibram) retirou mais de 1,2 automóveis sucateados que ocupavam o lugar.