TECNOLOGIA

Aeroporto Internacional de Brasília testa projeto de reconhecimento facial

Com a tecnologia, não será mais necessário cartão de embarque para viajar. Depois da fase de testes, companhias aéreas poderão aderir o sistema

Luana Patriolino
postado em 12/08/2021 13:24 / atualizado em 12/08/2021 13:24
Projeto vai agilizar check-in e embarque -  (crédito: Luana Patriolino/D.A Press)
Projeto vai agilizar check-in e embarque - (crédito: Luana Patriolino/D.A Press)

O Aeroporto Internacional de Brasília foi o primeiro da região Centro-Oeste a receber o piloto do sistema de reconhecimento facial. O programa Embarque + Seguro do Governo Federal começou os testes com passageiros na manhã desta quinta-feira (12/8). Com a tecnologia, não será mais necessário a apresentação de documento de identificação e cartão de embarque para quem vai viajar.

O projeto do Ministério da Infraestrutura (MInfra) é desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), em parceria com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. O sistema já foi testado em cinco aeroportos: Florianópolis (SC), Salvador (BA), Santos Dumont (RJ), Belo Horizonte (Confins) e Congonhas (SP).

O administrador Huck Pacheco, 30 anos, viaja com frequência de Brasília para São Paulo. Ele acredita que a iniciativa vai facilitar a rotina dos passageiros e colaboradores dos aeroportos. “Além de dar segurança para as companhias, dá segurança para a gente que é passageiro também. E é um projeto ambientalista. Vai deixar de imprimir papel que é o cartão de embarque”, ressalta. Ele se diz empolgado com a mudança. “Acho que esse sistema vai pegar mesmo. Só falta implantar tudo e fazer acontecer esse projeto”, afirma.

Durante a inauguração, o presidente do Serpro, Gileno Barreto, explicou como o sistema funciona. “Consiste numa plataforma onde as pessoas podem se cadastrar para fazer suas viagens sem a necessidade de passar pelo balcão de check in”, disse. “A partir do momento em que a pessoa vai ao balcão e se cadastra e aceita ou quer fazer parte deste programa, que está ainda em piloto, essa pessoa pode fazer esse cadastramento. Os seus dados são conferidos nas bases governamentais de dados e a pessoa pode acessar a sala de embarque sem qualquer interferência humana”, ressaltou.

Sendo executado ainda de forma experimental, o projeto deve ser adotado pelas companhias aéreas no início de 2022. “No próximo mês, em setembro, vamos para Ribeirão Preto (SP) e vamos encerrar o projeto piloto. Na sequência, o Ministério da Infraestrutura vai disponibilizar o modelo de negócio para todas as empresas aéreas e a expectativa é que as empresas aderindo, nós tenhamos já o projeto funcionando no início do ano que vem”, afirmou Gileno.

Para a implementação da tecnologia, foram feitos 2.641 testes com passageiros voluntários em 157 voos da Latam, Gol e Azul. O presidente do Serpro garante que a tecnologia é segura e não corre risco de fraudes. “Nível de precisão de 99%. Em todos os casos que testamos, não houve nenhum abaixo de 93%. Temos uma humilde segurança considerada elevadíssima e no padrão internacional de segurança biométrica”, disse Gileno.

O presidente da Inframerica, Jorge Arruda, afirmou que a novidade vai trazer mais conforto para os consumidores. “Somos um grande centro de conexão de voos, um perfil diferente dos outros terminais aéreos. Estamos sempre em busca da melhor experiência para nossos usuários e os testes com novas tecnologias são sempre bem-vindos”, apontou.

Lei Geral de Proteção de Dados

Segundo o governo, o programa atende a todos os preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e garante proteção total dos dados dos usuários. As informações que precisam ser utilizadas para o embarque com reconhecimento facial não devem ser compartilhadas com terceiros, e o passageiro tem que assinar um termo de consentimento para o uso.

 

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