DECISÃO

STF mantém chefe de máfia italiana preso no DF até extradição

Rocco Morabito está preso na Penitenciária Federal de Brasília desde 25 de maio. Ele acumula quatro condenações por tráfico de drogas e envolvimento em organização criminosa na Itália, entre 1988 e 1994

Correio Braziliense
postado em 19/08/2021 00:01 / atualizado em 19/08/2021 00:03
Na decisão, ministra Cármen Lúcia considerou alta a periculosidade de Rocco -  (crédito: HANDOUT)
Na decisão, ministra Cármen Lúcia considerou alta a periculosidade de Rocco - (crédito: HANDOUT)

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu o pedido da defesa de Rocco Morabito e manteve o chefe de um grupo da máfia italiana preso preventivamente até a data de extradição. O réu é acusado de comandar uma das principais organizações criminosas da Itália, a Ndrangheta, e está detido na Penitenciária Federal de Brasília desde 25 de maio.

Cármen Lúcia justificou a decisão relembrando que, em 2019, Rocco escapou do sistema penitenciário uruguaio, enquanto aguardava a extradição. Ela acrescentou que o réu tem perfil de alta periculosidade. "Essas circunstâncias demonstram os requisitos legais determinantes para a manutenção da prisão preventiva (...), pela objetiva possibilidade de nova fuga e de eventual prática de crimes de falsidade no Brasil", ressaltou a ministra.

O acusado é procurado pela Justiça italiana desde 1995 para cumprir quatro condenações em virtude dos crimes de tráfico de drogas e envolvimento em organização criminosa. O tempo de cada uma das penas varia de 22 a 30 anos de prisão pelos delitos cometidos entre 1988 e 1994. O pedido de extradição de Rocco foi protocolado no STF em 9 de julho, depois de audiência para interrogatório do acusado.

Rocco Morabito é considerado um dos foragidos mais procurados da Europa. "Somado a isso, a Interpol noticiou que, com o extraditando, foram arrecadados diversos documentos de identificação brasileiros e uruguaios com suspeita de falsificação material e ideológica, que serão encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal na Paraíba, para análise de instauração de inquérito policial", informa a decisão.

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