Um homem, de 48 anos, foi resgatado pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, do Ministério do Trabalho, em uma fazenda na área rural de Formosa (GO) em condições análogas à escravidão. Na residência, o trabalhador morava com a mulher e cinco filhos menores de idade, sem eletricidade e com banheiro improvisado.
O procurador do Trabalho Tiago Cabral, que coordenou a operação, contou que tudo partiu de uma denúncia anônima. “O informante disse que haveria uma família sendo vítima de trabalho análogo a escravo em uma fazenda de criação de gado. Montamos essa operação e, chegando à casa, nos deparamos com um local inabitável”, detalhou.
A operação começou na quarta-feira passada e finalizou na sexta-feira. Segundo relatado pelo homem, que não teve a identidade revelada, ele trabalhava na fazenda há nove anos. A casa tem um quarto, sala e cozinha. O banheiro fica na área externa, com o vaso sanitário protegido por uma lona.
“Do lado de fora, eles colocavam a carne no Sol, pois não tinha geladeira”, detalhou Tiago Cabral. A casa está a poucos metros de uma mineradora de calcário. “É extremamente cancerígeno”, ressaltou o procurador Tiago Cabral.
A família está na casa de parentes. O empregador firmou um termo de conduta com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e com a Defensoria Pública da União, se comprometendo a pagar uma indenização por danos morais e comprar um imóvel de R$ 100 mil para a família do trabalhador.
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