SEGURANÇA

Igrejinha é assaltada pela 3ª vez

Templo da 307/308 Sul sofre novamente com ações de criminosos em menos de um ano. Dessa vez, um crucifixo de madeira foi levado. Imagens das câmeras de segurança auxiliaram a polícia na identificação do suspeito

Correio Braziliense
postado em 25/08/2021 22:23
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press - 12/11/20 )
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press - 12/11/20 )

Primeiro templo de alvenaria construído em Brasília, a Igreja Nossa Senhora de Fátima — popularmente conhecida como a Igrejinha da 307/308 Sul — foi, mais uma vez, alvo de criminosos. Desta vez, um crucifixo de madeira foi levado. O crime ocorreu na madrugada de ontem, por volta das 0h40. Câmeras de segurança da paróquia captaram o momento do roubo. As imagens foram encaminhadas para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para a identificação do suspeito. A 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) investiga o caso.

Esta é a terceira vez, em menos de um ano, que a igreja é furtada. Nos meses de outubro e novembro, o local também foi invadido e ladrões chegaram a levar um computador e um cofre, além de bagunçar e quebrar algumas portas na parte interna do templo. Um dos suspeitos pelo crime de novembro foi preso, após ter sido identificado pelas imagens das câmeras de segurança, além de ter deixado vestígios de DNA no local.

Com o intuito de inibir os constantes furtos, a paróquia instalou — no ano passado — as câmeras de segurança e o sistema de alarme. Para o delegado-adjunto da 1ª Delegacia de Polícia Maurício Iacozzili, essas medidas de seguranças contribuíram para que o ladrão não levasse mais coisas. “Acredito que o sistema de alarme tenha assustado o criminoso, que pegou o crucifixo e saiu correndo”, destacou Maurício.

Segundo ele, as imagens das câmeras de segurança auxiliaram o trabalho da equipe de investigação para a identificação do autor do crime. A perícia foi feita ontem e um inquérito será instaurado para a apuração dos fatos e prisão do autor do crime. O delegado afirma que já tem um suspeito que pode estar ligado a esse furto.

Insegurança

Responsável pela paróquia desde outubro de 2020, o frei Reinaldo dos Santos Pereira conta que a sensação de medo e de insegurança é grande. “Temos um zelador que cuida da segurança, mas ele fica até as 21h. Depois, estamos à mercê da segurança pública. Não tem viatura constante, e a pouca iluminação no período da noite também é um fator que preocupa”, relata. Outro fator pontuado pelo frei é a presença na região de população em situação de rua, que constantemente faz ameaças verbais e até de tentativa de agressão física contra quem frequenta a igreja.

Para o religioso, toda essa ação deixa um sentimento de tristeza. “Por mais que a Igrejinha seja um espaço turístico, ela é um templo onde as pessoas vêm buscar conforto em sua fé. Quando uma situação dessa ocorre, isso mexe conosco, pela violação ao sagrado”, ressalta. Apesar do assalto, a igreja seguiu, ontem, com a programação normal, recebendo os fiéis.

Questionada sobre os assaltos recorrentes na Igrejinha, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou, em nota ao Correio, que realiza patrulhamento diariamente nas quadras da Asa Sul. “Mais uma vez, reiteramos que os criminosos esperam o melhor momento para agir. Neste caso, a PMDF orienta aos moradores e comerciantes da quadra para que procurem o Batalhão da área para falar sobre as demandas de segurança”, pontuou a corporação.


Memória

Alvo constante de roubos

21 de outubro

A manhã de 21 de outubro de 2020 ficou marcada para o frei Reinaldo Pereira, que assumiu o cargo de responsável pela Paróquia Nossa Senhora de Fátima naquele mês. O portão principal estava quebrado e o cofre da igreja havia sido roubado. Segundo informações do boletim de ocorrência, registrado na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), o frei saiu da missa por volta das 20h30 do dia anterior. Até esse horário, o cofre ainda estava lá. Uma das suspeitas é que moradores de rua tenham cometido o crime no local. Ninguém foi preso.


12 de novembro

Em 12 de novembro de 2020, criminosos arrombaram o templo, levaram computador, cofre, bagunçaram o interior da igreja e quebraram algumas das portas. Um boletim de ocorrência foi registrado na 1ª DP, que assumiu a investigação do caso. Imagens das câmeras de seguranças auxiliaram na identificação de um dos suspeitos, que foi preso no dia seguinte. Outra prova que ligava o acusado ao crime foi a presença de sangue deixada por ele no local, o que foi analisado pela Polícia Civil. O acusado é um morador de rua com vários antecedentes criminais.



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Presos últimos integrantes de quadrilha da Cobra Coral

 (crédito: PCDF/Divulgação)
crédito: PCDF/Divulgação

Após mais de um ano de investigações, todos os integrantes de uma quadrilha da ocupação Vila Cobra Coral — na L4 Sul, Quadra 813 — estão presos. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deteve, ontem, os últimos dois membros do grupo, durante a Operação Snake. Eles responderão por associação criminosa, roubo, receptação e coação, e, se condenados, podem pegar até15 anos de prisão.

Dos 10 investigados do grupo, oito já estavam presos. “Eles atuavam com o tráfico de crack. Após a prisão dos líderes (Edinaldo, vulgo Tin tin, e Cremilda, vulgo Crema) o genro e o filho deles passaram a cometer outros crimes, como roubos e furtos, para se manter”, destacou o delegado-adjunto da 1ª Delegacia de Polícia Maurício Iacozzilli, responsável pela operação.

As investigações apontam que os últimos dois presos roubaram um celular em 7 de fevereiro. Os criminosos foram até a residência da vítima para ameaçá-la, caso denunciasse o roubo. Ontem, a PCDF encontrou o aparelho eletrônico roubado, bem como um veículo Fiat/Siena utilizado em diversos crimes praticados pela quadrilha.

Violência na região

Com a prisão dos últimos integrantes da quadrilha da Cobra Cobal, o delegado Maurício acredita que a violência nas quadras 600 da Asa Sul diminuirá. “A gente espera que toda a criminalidade da região seja impactada positivamente, já que os últimos relatórios de inteligência apontaram que o trânsito de usuários de droga nas imediações das quadras 612, 613 e 614 diminuiu. Eles procuravam por crack na comunidade e também cometiam alguns crimes na região”, explicou o policial.



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