Entrevista / Patrícia Marins, sócia-diretora da In Press Oficina

Inovação e inteligência de dados

Correio Braziliense
postado em 27/08/2021 22:15
 (crédito: In Press Oficina/Divulgação)
(crédito: In Press Oficina/Divulgação)

Construir uma comunicação legítima e transformadora é o objetivo da In Press Oficina, agência de comunicação corporativa brasiliense que esta semana apresentou ao mercado um novo modelo de negócios e uma nova marca. Ainda como parte do grupo In Press, agora, passa a focar a consultoria em relacionamento, reputação e ESG (sigla em inglês para environmental, social and governance ou ambiental, social e governança, em português).

Eleita por cinco anos seguidos a melhor agência de comunicação da região Centro-Oeste, também foi eleita em 2019 como a melhor agência do ramo pelo Prêmio Top Mega Brasil. “Isso realmente é um motivo de muito orgulho que nós temos”, conta Patrícia Marins, 46 anos, sócia-fundadora e responsável pelo comando da organização nascida na capital no ano 2000, como Oficina da Palavra.

Com o objetivo de identificar e projetar o que está por vir no mercado de comunicação, Patrícia conta que o novo modelo de negócios é resultado de um projeto em equipe que se iniciou em 2018, o Jornada rumo a Marte. “Ao longo desse tempo de desenvolvimento da empresa, temos estudado tendências, não só da comunicação, mas do mundo dos negócios. Em 2018, criamos um reposicionamento da nossa empresa e decidimos criar o projeto pois queríamos entender toda a complexidade da crise de confiança que o mundo está atravessando e também entender a dificuldade que está acontecendo para a construção de relacionamentos. A pandemia acabou acelerando essa nossa jornada que seria concretizada em quatro anos”, detalha.

A agência, que é formada 70% por mulheres, incluindo toda a sua diretoria, conta com 160 colaboradores. Desde o começo do plano de voo para Marte, vem analisando cuidadosamente as tendências da comunicação e dos negócios dos clientes, sempre à luz dos impactos do ambiente político-institucional.

Nesse cenário de mudanças e com a pandemia, a reputação passou a ser a alma de qualquer negócio, um ativo tangível e as pautas urgentes da sociedade, os princípios do ESG e do chamado capitalismo de stakeholders, entraram na agenda sensível das empresas. Com esse cenário, juntamente ao novo modelo de negócios, a In Press Oficina anuncia a criação de um laboratório de inovação, batizado de Oficina Lab.

Como o laboratório de inovação, batizado de Oficina Lab, pode ser útil aos clientes?
O Oficina Lab é uma novidade que trazemos juntamente a essa nova categoria de mercado. É um laboratório de inovação onde vamos desenvolver produtos ligados à gestão de reputação e relacionamento. Para isso, estamos trazendo marcas, empresas, que são expoentes na atuação de inteligência de dados, realidade estendida, metaverso, realidade mixada e também toda a parte de mineração de dados para que possamos desenvolver, prototipar, produtos para os nossos clientes que ajudem a dar celeridade na gestão de reputação e de relacionamento. O primeiro produto que vamos colocar no mercado é uma plataforma de gestão de stakeholders, chamada Órbita, para ajudar os nossos clientes a entenderem a dimensão e a natureza das suas relações com os diferentes públicos.

O que faz uma consultoria de reputação e gestão de relacionamento?
Nesse novo modelo de negócio, entregamos para os nossos clientes uma metodologia em que analisamos o tempo inteiro a qualidade das relações que eles estão construindo. Um mapa do calor de como a reputação deles está sendo delineada com diferentes públicos e como a formação da reputação se dá não apenas no momento da crise. Hoje, é comprovado que mais de 80% do valor de uma marca vem da sua reputação, que não é formada apenas quando se chega a uma crise, mas durante todo o tempo de existência de um negócio ou de uma empresa.

Qual a importância da comunicação corporativa?
Comunicação passou a ser ferramenta de poder. Construção de relação e reputação é o que sustenta, hoje, um negócio. O futuro de uma empresa está atrelado a construção dos relacionamentos dessa marca, do CEOs, com a transformação do mundo. Acreditamos que o que pauta isso é a qualidade das conversas que essas empresas constroem com a sociedade. Atualmente, as pessoas não querem apenas comprar uma marca sem que ela esteja realmente trazendo impacto e transformação social. Pautas, que antes estavam apenas com o estado brasileiro, agora, chegaram às mesas dos CEOs. A questão da preservação do meio ambiente, da sustentabilidade, da diversidade, das minorias. Temos visto grandes movimentos que as empresas têm que abraçar e estão abraçando, ou seja, é construção o tempo inteiro de relacionamento com diferentes camadas da sociedade que as marcas precisam endereçar.


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