Crime

Instituições pedem reparação de imagens vandalizadas na Praça dos Orixás

Coletivo de Yalorixás Foafro e o Instituto Rosa dos Ventos divulgaram uma carta de repúdio pelo crime cometido contra esculturas em área considerada patrimônio imaterial do DF. Elas cobram reunião com o governador Ibaneis Rocha

Ricardo Daehn
postado em 29/08/2021 22:48 / atualizado em 31/08/2021 20:51
Coletivos e instituições querem se encontrar com o governador para entender as providências do GDF -  (crédito: Foafro Coletivo/ Divulgação)
Coletivos e instituições querem se encontrar com o governador para entender as providências do GDF - (crédito: Foafro Coletivo/ Divulgação)

Ao lado do reforço no encaminhamento formal para um encontro com o governador Ibaneis Rocha (MDB), o coletivo de Yalorixás Foafro e o Instituto Rosa dos Ventos assinaram nota de repúdio em que destacaram o interesse da criação de políticas de segurança e ainda de reconstrução de imagens situadas na Prainha do Lago Paranoá, depois do recente ato em que a imagem de Ogum derrubada e queimada, no última quinta-feira (26/8).

Na data do crime, a Administração Regional do Plano Piloto havia se solidarizado com o drama dos religiosos pegos de surpresa pela visão dos pedaços de esculturas carbonizados. Na última sexta (27/8), houve a solicitação de um encontro com o governador, previsto para 3/9. Em pauta, a cobrança de providências como reparação das imagens e do local em que os crimes foram praticados.

Com conteúdo de repúdio à violência praticada contra as imagens, Mãe Baiana de Oyá qualificou como "tragédia para a sociedade" o "ataque ao patrimônio imaterial do DF". Num texto entregue para a imprensa, ela lembra ainda de outro gesto de intolerância no DF, quando foi ateado fogo a um terreiro.

No mesmo documento de repúdio, Stéffanie Oliveira, presidente do Instituto Rosa dos Ventos, classifica de "degradante" a atitude dos vândalos. Ela repassa o caráter "dilacerador" de testemunhar a agressão a "um dos maiores símbolos do sagrado de matriz africana". O material escrito ressalta outros abusos como o ataque à imagem de Oxalá ocorrido em 2015.

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