LAZER

Fora da Esplanada, brasilienses relatam como aproveitaram feriado

Enquanto a temperatura subiu na área central da capital federal, muitos brasiliense procuraram refúgio contra o calor e a baixa umidade no Lago Paranoá. Na programação, entraram desde mergulhos no espelho d'água a passeios e piqueniques

Edis Henrique Peres
postado em 08/09/2021 06:00
Terça-feira (7/9) foi de temperaturas altas e baixa umidade no DF -  (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
Terça-feira (7/9) foi de temperaturas altas e baixa umidade no DF - (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

A junção de um feriado com a temperatura de 34°C registrada na capital federal na terça-feira (7/9) fez muitos brasilienses deixarem o calor de casa para aproveitar pontos turísticos ao ar livre. Devido ao clima seco, típico desta época do ano, o roteiro de muita gente incluiu atividades no Eixão — fechado para veículos durante o dia —, no Parque da Cidade e, claro, nos decks à beira do Lago Paranoá.

07/09/2021. Cidades. Brasília - DF. Turismo no DF. Pessoas passam o feriado no Deck Norte durante a tarde.
07/09/2021. Cidades. Brasília - DF. Turismo no DF. Pessoas passam o feriado no Deck Norte durante a tarde. (foto: Bárbara Cabral/Esp.CB/D.A Press - 7/9/2021)

A tentativa de fugir do calor foi um dos motivos que levou o casal Jéssica Marinho da Silva, 29 anos, e Jeferson Rosário Moura, 31, a fazer um piquenique à sombra, no Deck Sul. “Até pensamos em ir ao Parque da Cidade, mas ficamos com medo, devido às manifestações”, contou a terapeuta ocupacional. Moradores de Samambaia, eles levaram bebidas geladas e salgados para aproveitar o dia. “Viemos curtir um pouco, porque trabalhamos ontem (segunda-feira) e, amanhã (hoje), trabalharemos de novo. Queríamos sair”, completou o desenvolvedor de sistemas.

Jéssica e Jeferson aproveitaram o dia com um piquenique no Deck Sul
Jéssica e Jeferson aproveitaram o dia com um piquenique no Deck Sul (foto: Edis Henrique Peres/CB/D.A Press)

Valney Marques, 42, trabalha como motorista e mora em Ceilândia. Ele tirou o dia de folga para passear com a família. Acompanhado dos dois filhos e da esposa, a programação teve passeio perto da Ponte das Garças e almoço em um shopping da região, tudo para fugir do calor de casa. “Aqui (no Deck Sul) também está quente, mas, de vez em quando, bate um vento mais fresco”, descreveu Valney.

Na região, enquanto diversos pais e mães aproveitavam as temperaturas mais brandas perto da água, crianças e adolescentes andavam de skate, jogavam bola, pedalavam e brincavam de pique-pega. O movimento, porém, não foi intenso. “Geralmente, neste horário (perto das 13h), tem muito mais pessoas reunidas. Está calmo por causa da Esplanada”, opinou Maria Oscarina, 45, dona de um negócio de cachorro-quente. Ela trabalha no Deck Sul diariamente, das 10h às 20h, inclusive em fins de semana e feriados.

  • A família de Valney passeou no Lago Sul para fugir do calor de casa
    A família de Valney passeou no Lago Sul para fugir do calor de casa Bárbara Cabral/Esp.CB/D.A Press

Do outro lado da cidade, no Deck Norte, o autônomo Weslley Angra, 29, também aproveitou o feriado à beira-lago. “É um lugar bacana para nos refrescarmos, principalmente nos últimos dias, em que está muito quente. Esse é o lazer mais em conta que encontramos para frequentar. Se pudéssemos, ficaríamos mais tempo”, disse o morador de Ceilândia. 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Florada de ânimo na seca

Por Adriana Bernardes

 (crédito: Bárbara Cabral/Esp.CB/D.A Press)
crédito: Bárbara Cabral/Esp.CB/D.A Press

Debaixo do sol escaldante, quando a seca racha a terra, o nariz e os pés de uns e outros, eles desabrocham exuberantes. Indiferentes às condições climáticas que tingem de marrom-avermelhado as áreas verdes do Distrito Federal desde o fim de semana, os ipês-brancos atraem olhares e lentes de fotógrafos profissionais e amadores.

Quando o auge da seca parece minar meu ânimo e tropeço em um ipê-branco florido, penso que esse nome não lhe faz jus. Mais apropriado seria “ipê-resistência”, em letras garrafais sempre que for grafado. Ou, quem sabe, devêssemos batizá-lo com nome e sobrenome: “ipê-apesar-de-você-seca-e-por-você-resisto”. Ou algo mais despojado, sucinto: “ipê-desaforo!”, com ponto de exclamação.

Vou e volto nos meus pensamentos enquanto busco o melhor ângulo para capturar a beleza da florada enganchada nos galhos e daquelas que encerram o ciclo no chão — ou estariam ali depositadas renascendo?

Respiro fundo, desejando que as flores miúdas invadam minhas narinas, fundindo-se à minha existência; emprestando-me a resistência delas quando tudo em volta parece ruir; suavizando os maus sentimentos e enchendo-me de esperança, sussurrando em cada poro do meu corpo: tudo tem seu tempo. Vai ficar tudo bem!

Previsão da semana

As altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar no Distrito Federal incentivam a busca por locais protegidos do sol e a manutenção da hidratação. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para esta quarta-feira (8/9) é de recuo dos registros nos termômetros em 2°C, na comparação com a terça-feira (7/9). A máxima deve alcançar 32°C, e a mínima, 17°C. A umidade relativa do ar, por outro lado, mantém-se entre 15% e 70%. Vale lembrar que, quando a taxa fica abaixo de 30%, considera-se estado de atenção. Ao longo desta semana, a mínima pode ficar em 17%, com máxima de 70%. Diminuições consideráveis da temperatura estão previstas apenas para sábado (11/9), segundo meteorologistas.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação