Eixo capital

Carlos Alexandre de Souza
postado em 08/09/2021 23:24
 (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
(crédito: Reprodução/Redes Sociais)

PMDF discute estratégia para conter protestos
A cúpula da Secretaria de Segurança do DF se reuniu ontem para traçar as estratégias de dissuasão dos manifestantes que continuam na Esplanada dos Ministérios após os protestos de Sete de Setembro. Uma das dificuldades é a ausência de um interlocutor, com os quais as forças de segurança possam dialogar. Sem um porta-voz, os manifestantes se comunicam por meio das redes sociais, de modo a dificultar o encaminhamento das negociações.

 

Imparcialidade
A Secretaria de Segurança estima que 400 pessoas estejam concentradas na Esplanada, apesar dos relatos de que haveria até mil manifestantes. Uma das preocupações é deixar claro o posicionamento da PMDF, particularmente após o episódio de segunda-feira, quando bolsonaristas furaram o bloqueio de segurança montado pela corporação. Os militares pretendem deixar claro que não estão sendo parciais com os simpatizantes do presidente Bolsonaro.

 

De volta ao normal
Nesse sentido, está fora de questão permitir qualquer avanço dos manifestantes em direção ao Supremo Tribunal Federal. A Polícia Militar busca, por meio da estratégia de dissuasão, liberar assim que possível a via S1, uma das artérias do Eixo Monumental. “A gente precisa fazer a cidade voltar a funcionar”, disse ao Correio o coronel Márcio de Vasconcelos, comandante-geral da PM.

 


Caravana
O evento de lançamento do Movimento OAB no Rumo Certo, encabeçado pelo atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB/DF), Délio Lins e Silva Júnior (foto), reuniu mais de 1.500 pessoas ligadas à advocacia brasiliense no espaço Vibrar. Na ocasião, foi anunciado o nome de Délio Lins e da advogada Lenda Tariana como pré-candidato à reeleição e pré-candidata a vice, respectivamente.

 

Foto do dia
Levantamento realizado no final de agosto pelo instituto Conectar pesquisa e inteligência revela movimentos recentes da corrida para a presidência da OAB-DF. Délio Lins e Silva lidera a disputa, com 18% das intenções de voto na pesquisa espontânea e 31% das intenções na pesquisa estimulada. Considerando o levantamento anterior, realizado em maio, e a margem de erro de 3,5%, pode-se dizer que a candidatura de Lins e Silva segue estável.

 

Avanço
Chama a atenção, na comparação entre maio e agosto, o avanço da segunda colocada na corrida para a OAB-DF, Thaís Riedel, do Movimento Respeito é a Ordem. Na modalidade espontânea, a candidata passou de 2% para 10% das intenções de voto. E na estimulada, registra um salto de 9% para 22%.

 

Estou em outra
O levantamento da Conectar pesquisa e inteligência realizou 800 entrevistas com advogados filiados à OAB-DF. E o dado curioso: 63% dos entrevistados manifestam pouco ou nenhum interesse na eleição para seccional brasiliense da Ordem.

 

Agressão cara
O ex-deputado federal Laerte Bessa foi condenado a pagar R$ 20 mil por danos morais ao porteiro Daniel Clécio de Oliveira. Em 2019, Bessa foi flagrado em uma série de agressões contra o funcionário do prédio. Segundo o juiz substituto da 1ª Vara Cível de Águas Claras, as condutas do réu violaram a intimidade, a honra, a vida privada e a imagem da vítima.

 

De olho no Iges-DF
Os conselheiros do TCDF estão de olho nos processos seletivos do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). A Corte verifica se as contratações obedecem aos princípios constitucionais de impessoalidade, de transparência e de moralidade. O Iges-DF não é obrigado a realizar concurso público, mas tanto a lei quanto o estatuto da entidade determinam que os processos de seleção de pessoal devem ser conduzidos “de forma pública, objetiva e impessoal”, pois os recursos administrados pelo instituto são públicos. Segundo o TCDF, o Iges-DF ainda não apresentou qualquer manifestação sobre as supostas irregularidades.

 

A vida real
Após criticar os excessos das manifestações de Sete de Setembro, a senadora Leila do Vôlei insistiu na necessidade de enfrentar as reais urgências do país. “Enquanto os Três Poderes discutem entre si, mais de 1,2 milhão de brasileiros aguardam o Bolsa Família”, disse.

 

Independentes
O senador Izalci Lucas (foto) explicou o posicionamento do PSDB, após os novos ataques do Palácio do Planalto contra o Judiciário. “O PSDB já era oposição há muito tempo, e isso (o protesto) reforçou um pouco mais. Mas estar na oposição não significa estar contra o governo. Como a gente vota muitas matérias que são projetos do próprio governo, algumas pessoas podem achar que a gente é governo. A decisão de hoje só foi pra reforçar a posição do PSDB”, argumentou.

 


Recall político
O embaixador Jorio Dauster defende um “recall político”, como solução para remediar a crise institucional. Menciona até a Proposta de Emenda Constitucional em tramitação no Senado Federal, cujo relator é o senador Antonio Anastasia (PSD-MG). Para o diplomata, existem outros instrumentos além do impeachment que permitiria a substituição de um presidente da República. Ele considera a medida essencial para o sistema político brasileiro. “Depois de dois impeachments e da transformação de partidos em balcões de negócios, o modelo de presidencialismo de coalizão fracassou”.

 

Ofendeu, pagou
O Tribunal de Justiça do DF condenou o deputado estadual Anderson Moraes (PSL) ao pagamento de R$ 8 mil, a título de indenização, ao governador Ibaneis Rocha (foto). A 7ª Turma Cível do tribunal entendeu, por unanimidade, que o parlamentar extrapolou o exercício do mandato ao dirigir, nas redes sociais, ofensas à imagem e à honra do chefe do Buriti. Moraes criticou Ibaneis em razão da decisão do governador de fechar a Esplanada, em junho de 2020, para impedir a aglomeração de manifestantes bolsonaristas. À época, Ibaneis alegou o risco das aglomerações durante um período crítico da pandemia.

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