42.930 doses para adolescentes

Começa, hoje, a imunização dos jovens de 16 anos. Serão 31 pontos de vacinação exclusivos para esse grupo etário. Variante delta é maioria dos casos de covid-19 analisados no Lacen, segundo o último boletim do laboratório. Das 116 amostras analizadas, 95 eram dessa cepa

Cibele Moreira
postado em 09/09/2021 22:50

A vacinação dos adolescentes de 16 anos começa hoje no Distrito Federal. Serão disponibilizados 31 pontos exclusivos para a aplicação dos imunizantes dos jovens de até 17 anos. A medida foi implementada para evitar aglomerações nos postos e otimizar o avanço da campanha na capital do país. De acordo com a Secretaria de Saúde, cerca de 42.930 doses da Pfizer foram mobilizadas para atender o novo grupo etário composto por 47 mil pessoas, segundo estimativa da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).

“Praticamente, nós temos doses de Pfizer para todo o público de 16 anos. Calma para ir aos postos. Tem que vacinar, mas não há necessidade de correria”, ressaltou o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, durante coletiva de imprensa ontem, na sede da pasta.

O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, ressaltou que houve uma mudança de comportamento no processo de imunização. “Há mais pessoas vacinando com a segunda dose (D2) atualmente, do que com a primeira dose (D1). Um cenário diferente do vivenciado desde o início da vacinação contra a covid-19 no DF. O que mostra o interesse da população na busca pela segunda dose”, destacou Valero.

Nesta semana, foram aplicadas 93.559 vacinas — 5.834 da primeira dose ou dose única e 87.238 da segunda. O Distrito Federal vacinou 2.091.424 pessoas, o que corresponde a 66,65% da população total. Sendo que 2.034.652 tomaram a D1; 929.831 estão com o ciclo vacinal completo; e 56.772 tomaram a dose única, da Janssen. Ontem, 1.154 receberam a primeira aplicação; 38.679, o reforço; e 27, a dose única.

Casos

Desde o início da pandemia, a Secretaria de Saúde contabilizou 478.117 casos de covid-19 no Distrito Federal. Ontem, a pasta registrou 525 ocorrências da doença na capital. Houve a notificação de 12 mortes por complicações do vírus, o que totaliza 10.178 vítimas.

A média móvel de casos ficou em 777, um aumento de 10,7% em relação a 14 dias atrás. No entanto, a mediana de mortes caiu 10,5% no comparativo há duas semanas, com um índice de 13,43. A taxa de transmissão ficou em 0,93.

Os casos da variante delta — identificada inicialmente na Índia — crescem no Distrito Federal. De acordo com o último levantamento feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), das 116 amostras analisadas, 95 apresentaram material genético da cepa. As outras 21 eram da variante gama — registrada primeiro em Manaus. Com as novas ocorrências, Brasília acumula 336 infectados pela delta. Seis pessoas morreram por complicações dessa cepa, sendo que uma delas residia em Goiás.

 

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Incêndio atinge hospital regional

 (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
crédito: Reprodução/Redes Sociais

Depois de mais de três horas de combate, bombeiros militares e civis do Distrito Federal conseguiram controlar as chamas no subsolo do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), que atingiu a rede elétrica, ontem. A perícia do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) esteve no local para apurar as causas do incêndio. O resultado deve sair nos próximos dias. Ninguém ficou ferido.

O fogo começou no subsolo, e o prédio foi evacuado imediatamente. O Correio conversou com um bombeiro civil que atua no HRSM e participou do combate às chamas. Kleber Carvalho contou que o incêndio se iniciou por volta das 14h30. “Teve algumas fagulhas que começaram a se alastrar na mesa, cadeira e estofados. Tinha muita fumaça. No subsolo, tem muitas alas de escape, e a fumaça começou a exalar bastante nos corredores”, detalhou.

Cerca de 40 pessoas precisaram sair do prédio. A Secretaria de Saúde (SES-DF) decretou bandeira negra ao hospital em decorrência do incêndio, o que significa que a unidade está fechada para receber novos pacientes, ficando suspensas, até segunda ordem, as consultas agendadas. Uma testemunha relatou à reportagem como foi a situação. “Todo mundo teve que sair correndo. A recepção ficou extremamente cheia e por muito tempo. Todo mundo com medo. Minha irmã tinha acabado de ganhar neném, e eu estava desesperada”, disse a mulher, que preferiu não se identificar.

O Correio apurou que alguns pacientes de uma outra ala foram transferidos ao Hospital Regional do Gama (HRG). Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) informou que o fogo resultou em alguns danos materiais e foi identificado pelos bombeiros civis que atuam no hospital. Uma equipe de engenheiros elétricos, mecânicos e civis do Iges-DF esteve no hospital, onde aguardaram a liberação da área pelo Corpo de Bombeiros para iniciar a manutenção e fazer uma nova vistoria na unidade.

A vice-presidente do Iges-DF, Mariela Souza de Jesus, acompanhou a situação para verificar o incidente. “Viemos para nos certificar e garantir, principalmente, a segurança dos nossos pacientes e dos nossos colaboradores, e para que não houvesse desassistência ao paciente com esse incidente”, ressaltou Mariela. “Todos os procedimentos de segurança foram feitos pela brigada de incêndio, e a situação foi acompanhada de perto, também, pela Coordenação de Segurança, Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho, com a Superintendência do hospital. A situação foi controlada rapidamente e ninguém se machucou”, finalizou a vice-presidente do Iges-DF.

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