Saúde

Vacinação contra o HPV está abaixo da meta no DF; vacina faz parte do PNI

A capital ficou entre as quatro unidades que menos vacinou o público masculino contra o HPV. Vacina está disponível nas redes pública e privada do DF

Correio Braziliense
postado em 13/09/2021 17:29 / atualizado em 13/09/2021 17:48
 (crédito: Myke Sena/MS)
(crédito: Myke Sena/MS)

A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) é indicada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para meninas entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos. O Distrito Federal (DF) foi pioneiro na imunização contra o HPV, em 2013 iniciou a vacinação para as meninas e em 2017 para os meninos. Mas este ano, a taxa de vacinação contra o vírus está abaixo da meta esperada pelo PNI que é de 80% do público-alvo vacinado.

De 2013 a junho de 2021, cerca de 41,2% das meninas receberam as duas doses da vacina. Entre 2017 e junho de 2021, cerca de 24,3% dos meninos receberam as duas doses da vacina. Este ano, o DF ficou entre as quatro unidades da federação que menos vacinou estudantes do sexo masculino, com apenas 44,1% deste público imunizado. Já entre as adolescentes, a taxa de vacinação está entre 80,8%.

Enfermeira da área técnica de imunização da Secretaria de Saúde, Milena Fontes,diz que esse índice abaixo do esperado é devido ao desconhecimento da população sobre o imunizante e sobre o vírus, além de que a dificuldade de acesso aos serviços de saúde e a desinformação sobre as vacinas contribuem para o resultado.

Todo ano é realizada a campanha multivacinação ,que vale também para a vacina do HPV. A campanha, que está prevista para começar em outubro, é voltada para atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes.

Onde se vacinar no DF

A vacina contra o HPV está disponível nas unidades básicas de saúde (UBSs) do DF e também é ofertada na rede privada. As meninas e meninos que estão dentro da faixa etária para tomar a vacina devem receber as duas doses com o intervalo de seis meses.

Papilomavírus humano (HPV)

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível e pode causar verrugas genitais, no ânus e neoplasias como câncer no colo do útero, no pênis, na boca e no ânus. As verrugas podem ser causadas por tipos de HPV não cancerígenos, mas em alguns casos podem causar câncer.

Os sinais clínicos podem incluir verrugas nos órgãos genitais ou na pele. Os sinais subclínicos são diagnosticados através de exames específicos e devem ser feitos de forma regular, incluindo a observação da presença de verrugas e rastreamento como o Papanicolau. Esses exames estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde.

Prevenção contra o HPV

É comum, em alguns casos, que o paciente não desenvolva sintomas, mas ainda sim pode infectar outros indivíduos pelo contato sexual. Apesar de ser uma das melhores opções para proteger contra doenças sexualmente transmissíveis, o preservativo não garante 100% de proteção porque a transmissão também pode ocorrer pelo contato com a parte genital que o preservativo não alcança. Sendo assim, a melhor forma de prevenção continua sendo a vacina.

No público feminino, a vacina previne contra câncer no colo de útero, vulva, vagina e região anal, refletindo na redução de verrugas e na incidência e mortalidade por essa causa. Já no público masculino, a vacina auxilia na prevenção de câncer no pênis, ânus, garganta e verrugas genitais.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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