Violência

Médico saca arma em pizzaria

Thiago Zacariotto Lima Alves, 41 anos, é investigado por ameaçar funcionários e dono de um restaurante, na Asa Sul. Segundo as vítimas, o suspeito teria ficado irritado com a demora de um pedido, feito por meio de aplicativo de delivery

» DARCIANNE DIOGO
postado em 27/09/2021 22:37
 (crédito: Material cedido ao Correio)
(crédito: Material cedido ao Correio)

Esta semana, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ouvirá o depoimento do médico Thiago Zacariotto Lima Alves, 41 anos, suspeito de sacar uma arma e ameaçar funcionários de uma pizzaria da 205 Sul, no domingo. Ao Correio, o dono da pizzaria, que preferiu não revelar a identidade, contou que o homem chegou irritado ao estabelecimento, queixando-se de uma suposta demora na entrega do lanche, pedido por meio de um aplicativo. Vídeos mostram o momento em que Thiago saca o armamento e coloca no balcão.

Segundo o empresário, o médico é consumidor frequente do estabelecimento e costuma fazer pedidos por aplicativos de entrega. Contudo, na noite de domingo, Thiago teria fornecido o endereço errado no app e, por isso, a ordem havia sido cancelada pelo próprio aplicativo. Nervoso, o médico chegou à pizzaria aos gritos. “Ele disse que não iria aceitar e, mesmo lá no estabelecimento, exigiu que o lanche fosse entregue na casa dele. Eu tentei amenizar a situação, coloquei os funcionários para fazer as duas pizzas imediatamente, mas não foi o suficiente”, contou.

Após o episódio, o médico saiu do restaurante, momento em que um dos empregados relatou ao chefe que tinha notado algo estranho na cintura do cliente e supôs que o profissional de saúde estava armado. Desconfiado, o proprietário alertou os funcionários para que, caso Thiago voltasse, a Polícia Militar fosse acionada. “Não deu outra, ele voltou, e o pessoal me chamou. Ligamos para a PM, e, no que eu desci, ele começou a gritar dizendo que eu teria que entregar as pizzas na casa dele.”

Vídeos do circuito interno de segurança do restaurante registraram o momento em que o radiologista saca a arma da cintura e coloca no balcão, em tom ameaçador. “Nessa hora, eu pedi calma e disse que não precisava tomar aquela atitude. Foi uma situação absurdamente desproporcional. Se alguém errou ali, foi ele em não atualizar o endereço”, completou o dono. Ao final, o empresário conseguiu convencer o médico de levar as pizzas. “Ele me pediu desculpas e saiu, mas a polícia havia chegado. A PM chegou na hora em que o médico saía de carro. Os militares o seguiram, mas o perderam de vista”, disse o empresário.

O proprietário registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) por ameaça. Segundo o delegado-adjunto da unidade policial, Maurício Iacozzilli, o médico será intimado a depor esta semana. O caso segue em investigação. O Correio entrou em contato com Thiago Zacariotto, mas não havia recebido retorno até o fechamento desta edição.

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Preso por atacar a ex com caminhão em rodovia

Policiais rodoviários federais prenderam um homem, de 33 anos, que dirigia um caminhão e “fechou” propositalmente o carro da ex-mulher, provocando um acidente na BR-020, perto da divisa do Distrito Federal com Goiás, ontem. A manobra fez com que o veículo da vítima saísse da pista.

Acionados para atender a ocorrência de um acidente na altura do Km 59, os policiais encontraram três pessoas em uma discussão. Além disso, havia um caminhão na rodovia, com marcas de colisão, e um Chevrolet Celta fora da via. Os envolvidos na ocorrência relataram que o condutor do caminhão jogou o veículo no carro da vítima, ex-mulher dele, por ciúmes. Ela estava acompanhada do atual namorado. Ninguém se feriu, mas o carro ficou avariado.

Aos policiais, a vítima afirmou ter sido agredida pelo motorista do caminhão em outras ocasiões, mas nunca registrou ocorrência. Diante dos fatos, os policiais prenderam o suspeito por violação à Lei Maria da Penha e o encaminharam para a 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina).

CED 11 faz homenagem a Geoffrey Stony

 (crédito: Francisco Gardelha/Divulgação)
crédito: Francisco Gardelha/Divulgação

Geoffrey Stony, 16 anos, assassinado em um assalto, minutos após deixar a escola — CED 11 de Ceilândia —, na última quarta-feira, recebeu, ontem, uma homenagem da comunidade, que reivindicou mais policiamento e segurança nas proximidades da instituição de ensino. O adolescente foi enterrado na sexta-feira, no Cemitério de Taguatinga. Professores, estudantes e pais fizeram um minuto de silêncio, depois soltaram balões brancos. Para o diretor do CED 11, Francisco Gadelha, casos assim, chocam e revoltam a comunidade. “A gente fica realmente triste com a violência tomando conta da cidade de novo, todos nós somos responsáveis pela educação e pela segurança, que são fatores fundamentais”, destaca. O docente disse que as autoridades afirmaram que tomarão medidas em relação ao policiamento na região.

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