Dengue

Casos de dengue devem aumentar no período chuvoso

Secretária de Saúde divulgou ações para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti

Rafaela Martins
Renata Nagashima
postado em 02/10/2021 16:25 / atualizado em 02/10/2021 16:43
 (crédito: Reprodução )
(crédito: Reprodução )

Com as temperaturas elevadas e a volta do período chuvoso, o risco de proliferação do Aedes aegypti é maior e consequentemente aumenta o número de contaminação de dengue. No Distrito Federal, o pico da doença acontece de novembro a fevereiro porque durante o último trimestre as chuvas fazem com que os ovos do mosquito que não eclodiram durante a seca, sejam hidratados e ecloda.

"Nesse período de chuva é muito comum ter os chamados reservatórios, que são pequenas tampinhas, copos plásticos, por exemplo. O mosquito coloca os ovos nesses recipientes que durante as chuvas vão acumular água e hidratar os ovos. Hidratados, eles vão eclodir e o mosquito vai crescer. Sabemos que o Aeges é um dos reservatórios do vírus da dengue e com mais mosquitos, consequentemente vai aumentar a contaminação da doença. Então é necessário cuidar para não deixar sacos plásticos, tampas ou garrafas que podem acumular água e virar criadouros”, explicou o infectologista Werciley Saraiva Vieira Junior.

Para conter novos possíveis casos, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) anunciou que, como parte da rotina dos núcleos de vigilância ambiental, promove ações educativas e de conscientização para a população. A Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do DF conta hoje com 458 profissionais envolvidos diretamente nas ações preventivas.

Segundo a pasta, a cada 15 dias, as equipes fazem vistorias em locais como ferros-velhos, quintais ou onde há acúmulo de lixo. Se necessário, é feita a aplicação de produtos químicos de maneira estratégica. Ao invés do fumacê, que é dispersado pelo vento, os agentes de vigilância ambiental aplicam um produto líquido capaz de impregnar nas superfícies e garantir proteção por até 30 dias.

De acordo com o diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Jadir Costa Filho, a prevenção é a maior arma contra o mosquito neste momento. "Com o número da infestação de mosquitos reduzidas abaixo de um por cento, a transmissibilidade dos vírus cai drasticamente, diminuindo os possíveis atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde e as internações na rede de saúde do Distrito Federal", explica.

Além das ações de prevenção, outras estratégias adotadas pela SES são as armadilhas, feitas para capturar tanto mosquitos quanto larvas e ovos. Já o fumacê é usado em locais com a confirmação de casos positivos e investigados.

Redução no número de casos

De acordo com o último boletim epidemiológico da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, divulgado na última sexta-feira (1/10), ao longo de 2021 houve uma queda de 72,5% do número de casos prováveis de dengue no DF, se comparado com o mesmo período do ano passado. Até o momento, foram 12.362 casos prováveis, contra 44.957 em 2020.

Planaltina foi a única Região Administrativa a registrar aumento no número de casos prováveis, de 2.363 para 3.054, uma alta de 28,3%. Em contrapartida, as maiores reduções ocorreram no Gama e em Santa Maria, com 96,9% e 96,1%, respectivamente.

A incidência é maior em Sobradinho, com 1.861,87 casos por 100 mil habitantes; Planaltina com 1.528,41 casos por 100 mil habitantes; e Sobradinho II, com 1.042,37 casos por 100 mil habitantes. As menores incidências estão no Riacho Fundo II (83,32 casos acumulados por 100 mil habitantes), Gama (103,70) e Park Way (104,09).

Também houve redução no número de óbitos. Em 2020, foram 43. Em 2021, até o momento, são dez casos. Os dados foram atualizados no dia 23 de setembro.

Como prevenir a proliferação do Aedes aegypti:

>> Mantenha bem tampado tonéis, caixas e barris de água.
>> Lave semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água.
>> Remova galhos e folhas de calhas e não deixe água acumulada sobre a laje.
>> Encha os pratinhos de vasos com areia até a borda ou lave-os uma vez por semana e troque a água dos vasos e plantas aquáticas também uma vez por semana.
>> Coloque lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas e feche bem os sacos de lixo e não deixe ao alcance de animais.
>> Mantenha garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo.
>> Faça sempre manutenção de piscinas.
>> Limpe sempre a bandeja do ar condicionado.
>> Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água.
>> Não deixe sacos plásticos e lixo no quintal.

Fonte: Ministério da Saúde

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação