CB.Saúde

"O autoexame é o autoconhecimento da paciente", diz mastologista sobre câncer

Lucimara Veras foi a entrevistada do CB.Saúde desta quinta-feira (07/10). A mastologista falou sobre os fatores de risco para o câncer de mama e alertou as mulheres para a importância do diagnóstico precoce

Correio Braziliense
postado em 07/10/2021 18:17 / atualizado em 07/10/2021 18:17
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Mastologista do grupo Oncoclínicas e membro da Sociedade Brasileira de Mastologia, regional DF Lucimara Veras é a entrevistada do CB.Saúde desta quinta-feira (07/10) — programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília. Na bancada, a conversa foi conduzida pela jornalista Carmen Souza. A mastologista falou sobre o câncer de mama e sobre os sinais de alerta aos quais tanto mulheres quanto homens têm que prestar atenção. A médica alerta para o câncer de mama ser o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres. “O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres do mundo, ele fica atrás apenas do câncer de pele, ele é o câncer que mais mata. Então por isso a importância da gente cuidar e tentar prevenir”, diz.

A médica explica que o câncer de mama é mais frequente entre as mulheres, mas também pode estar presente em homens. Ela avisa que um diagnóstico feito ainda no início da doença é importante para um bom resultado no tratamento.

De acordo com a mastologista, um dos sinais mais importantes aos quais as pessoas devem ficar atentas são os nódulos. “O câncer de mama pode aparecer por meio de diversos sinais e sintomas. O principal sintoma, o principal sinal de alerta que essa paciente ou esse paciente vai perceber é o surgimento de um nódulo. Que é um caroço na mama. Esse nódulo está presente em 90% das pacientes com câncer de mama. É um sinal de alerta, se você apalpou algum nódulo, algum caroço na mama, procure um especialista para te examinar”, diz

O autoexame é uma forma de o paciente se autoconhecer e, para isso, não existe uma regra, diz a mastologista. "É importante que essa paciente se toque, conheça seu corpo. Porque antigamente a gente preconizava um autoexame onde a gente indicava que as pacientes ficassem na frente do espelho, no banho, levantassem o braço numa posição específica e fizesse a palpação. A gente tinha uma certa ordem para fazer esses exames. Hoje em dia a gente não preconiza mais isso”, explica.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que pode haver uma diminuição de 13% em incidência do câncer adotando hábitos mais saudáveis. A médica afirma que isso é possível. “A Sociedade Brasileira de Mastologia, desde o ano passado, está com uma campanha. Quanto antes, melhor. Nossa campanha é basicamente para o paciente se prevenir por meio dos hábitos saudáveis”, explica

Sobre a pandemia impactar na prevenção do câncer, por conta dos pacientes terem medo de procurar clínicas e hospitais por temerem a covid-19, Lucimara explica que houve uma queda na procura, mas que essa situação já está melhorando. "O que a gente observa é que teve uma redução muito importante de pacientes, com redução muito importante de diagnósticos. Agora que a população está mais vacinada, a gente está vendo esse retorno das pacientes ao consultório. Mas aí o problema surge, porque a gente começa a pegar essas pacientes com lesões um pouquinho maiores. Por isso que, mesmo durante a pandemia, a gente recomenda e sempre recomendou que você não deixe de fazer os seus exames”, finaliza.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação