Candidatura à vista
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é cada vez mais visto como um dos principais nomes para concorrer pela Terceira Via, contra a polarização de Lula x Bolsonaro. Aos 44 anos, está na primeira parte do mandato e só precisa se preocupar mesmo com eleições em 2026. Em 2022, uma candidatura presidencial seria no mínimo uma forma de se fazer conhecido e chegar no pleito seguinte com recall. No mínimo. Agora, acerta a filiação ao PSD e dá a largada para a corrida presidencial. O presidente do partido, Gilberto Kassab, está há meses trabalhando a candidatura e tem conversado com formadores de opinião em várias áreas.
Cobiça
Não é à toa que políticos do DF travam um embate pelo controle do União Brasil. O partido, com 81 deputados eleitos pelo PSL e DEM, tem o maior tempo de televisão e verbas milionários do Fundo Eleitoral para usar na campanha. Pode desequilibrar o jogo em qualquer unidade da federação, inclusive no DF.
Muitos candidatos
A ministra Flávia Arruda (PL), da Secretaria de Governo da Presidência da República, deve estar torcendo para que ocorra a multiplicação de candidaturas para o Senado. Como ela conta com visibilidade e cabos eleitorais fortes, tem grandes chances de chegar na frente.
Indiciada por Renan Calheiros
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) estará no relatório final da CPI da Covid por disseminar fake news. Para o eleitorado dela, bolsonarista de carteirinha, ser incluída na lista de indiciados do senador Renan Calheiros (MDB-AL), ao lado do presidente Jair Bolsonaro, é mérito. Problema para ela é como o Ministério Público vai tratar esses indiciamentos.
Mais gastos emergenciais na pandemia
Relatório do Tribunal de Contas do DF sobre o exercício de 2020 apontou que os gastos sem licitação cresceram 28,8% no ano passado, o que representa R$ 609 milhões que em 2019. Esse aumento ocorreu, principalmente, por conta das contratações emergenciais direcionadas ao enfrentamento da pandemia.
Bolada da União
O governo Ibaneis não pode reclamar do governo Bolsonaro no que se refere ao repasse de verbas para a pandemia. Em 2020, o DF foi agraciado com boladas de recursos extraordinários da União que elevaram a arrecadação em 68,2%, segundo o relatório das contas do governo aprovado ontem pelo TCDF. O recebimento desses recursos extras contribuiu para que, de forma inédita em mais de uma década, a receita nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social superasse a previsão inicial da Lei Orçamentária Anual.
Processos independentes
O governador Ibaneis Rocha passou no teste das contas no primeiro ano da pandemia, como a coluna antecipou ontem. Mas outras batalhas envolvendo gestores estão sendo travadas: tramitam no TCDF 121 processos de fiscalização relacionados à covid-19 com andamento independente.
Novo desembargador
O juiz de direito substituto de 2° Grau Arquibaldo Carneiro foi eleito para ocupar o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do DF. Ele foi eleito pelo critério de antiguidade e vai ocupar a vaga decorrente da aposentadoria do desembargador João Timóteo de Oliveira. A votação foi unânime. O magistrado vai compor a 8ª Turma Cível e a 2ª Câmara Cível do TJDFT.
Cansada de covid
O Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF rejeitou o mandado de segurança de deputados distritais que queriam a instalação imediata da CPI da Pandemia na Câmara Legislativa. Ainda rolou uma demonstração de falta de paciência da desembargadora Ana Maria Amarante. O microfone vazou uma reclamação da magistrada durante a sustentação oral do advogado dos autores, Nauê Bernardo. Ela dizia: “Quando a gente pensa que já acabou…”. Depois pediu desculpas. A desembargadora — que esteve internada com covid-19 em abril no DFStar — é bem sensível ao tema.
Na pauta
O Conselho de Ética da Câmara pautou para hoje os processos por quebra de decoro contra os deputados Luis Miranda (DEM-DF) e do líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR). Miranda por denunciar um suposto lobby em favor da vacina Covaxin e Barros, por supostamente favorecer o laboratórios.
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