O desempenho brilhante nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 foi apenas o início para Rebeca Andrade. Ontem, a brasileira escreveu mais uma página vitoriosa na carreira ao conquistar o ouro na modalidade salto e a prata nas barras assimétricas durante a disputa do Mundial de Ginástica Artística no Japão. Com isso, ela se torna a primeira atleta tupiniquim a garantir duas medalhas na competição e a segunda a conquistar o ouro em um Campeonato Mundial — a primeira foi Daiane dos Santos, em 2003.
Primeiro, a guarulhense de 22 anos confirmou a supremacia no salto sobre a mesa, apenas dois meses e meio após se sagrar campeã olímpica no Japão. Em suas duas apresentações, Rebeca tirou as notas 15,133 e 14,800, atingindo uma média de 14,966. A segunda colocada foi a italiana Asia D’Amato, que conseguiu uma média de 14,083. Em terceiro lugar, fechando o pódio da competição, a russa Angelina Melnikova conquistou o bronze, com 13,966, após ter ficado com o ouro no individual geral na sexta-feira, 22.
Nas barras assimétricas, Rebeca conquistou a nota 14,633, ficando atrás da chinesa Wei Xiaoyuan, com 14,733. O bronze foi para a também chinesa Luo Rui, com 14,633. A medalha de prata na modalidade tem grande valor para a brasileira, pois, segundo ela, é uma prova de seu amadurecimento e a realização de um sonho.
“Estou muito feliz com esse resultado. As duas medalhas são bem importantes. Depois da Olimpíada, eu tinha que controlar o que estava sentindo e consegui. Queria muito essa medalha na paralela, há muito tempo”, disse a medalhista. “Hoje, faço parte das lendas do Brasil. Entendo bem o lugar e a posição em que estou. Trabalho com força, vontade e garra. Faço tudo com amor e alegria. Tudo o que você faz assim, dá certo”, completou a ginasta.
“Fiquei muito feliz com a minha paralela, que todo mundo sabe que é meu aparelho favorito”, continuou Rebeca sobre o desempenho na prova. “Infelizmente, não consegui fazer minha série completa, mas ela foi muito limpa. Isso me dá muito orgulho, mostra como amadureci, como tenho controle sobre meu corpo, sobre minha mente, quando acontece alguma coisa diferente. Isso é muito importante para o atleta. Estou muito feliz, porque era meu sonho ser medalhista da paralela.”
Em julho, Rebeca conquistou duas medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, um ouro no salto e uma prata no individual geral. Mesmo com o grande desempenho na Olimpíada, ela nunca havia conquistado medalhas na disputa do Mundial, pois passou por de uma série de problemas físicos. Foram três cirurgias no joelho direito, em intervalo de quatro anos.
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