Pandemia

Covid-19: 80,24% dos internados este ano não tomaram vacina

Dados do DF mostram que 80% das pessoas internadas por complicações da covid-19 entre janeiro e outubro não se vacinaram contra a doença. Vacinas são eficazes em evitar casos graves

Samara Schwingel
postado em 27/10/2021 10:38 / atualizado em 27/10/2021 13:36
No total,  24.373 pessoas foram internadas com o novo coronavírus entre janeiro e outubro -  (crédito: Breno Esaki/SES-DF)
No total, 24.373 pessoas foram internadas com o novo coronavírus entre janeiro e outubro - (crédito: Breno Esaki/SES-DF)

No DF, a maioria dos internados com quadro de infecção por covid-19 são pessoas que não se vacinaram contra a doença. Os dados são da Secretaria de Saúde local e foram obtidos pelo Correio por meio da Lei de Acesso à Informação. De janeiro a 18 de outubro de 2021, foram 24.373 pessoas internadas devido ao novo coronavírus nas redes pública e privada do DF. Destas, 80,24% não tinham informação de terem iniciado o ciclo vacinal. Nesta terça-feira (26/20), a capital federal chegou a 51,49% da população total vacinada com duas doses. Confira os locais de vacinação no site do Correio.

Os dados mostram que as vacinas são eficazes em diminuir as chances de se desenvolver casos graves da covid-19. É o que afirma o infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro. "É inegável. As vacinas são eficazes e seguras, e a chance de se obter a forma grave da doença, precisar de internação e ir à óbito são muito menores do que quando não se tinha imunizantes", afirma. Apesar de comemorar o efeito das vacinas, ele atenta para o prazo de imunização e uso de medidas preventivas não farmacológicas. "Quando se completa o ciclo vacinal, são 14 dias até se obter a imunização. A proteção passa pelo uso de máscaras, distanciamento e vacinação", ressalta.

Avaliando os números, o médico lamenta que ainda existam pessoas que se recusem a iniciar a imunização contra a doença. "São pessoas que podem cair em mentiras e se prejudicam por isso. Elas podem desenvolver covid grave e, se não morrerem, têm mais chances de desenvolverem complicações como: problema respiratório, diabetes, problemas psiquiátricos e pulmonares, entre outros", declara. Julival, que completa a análise com um alerta. "Aqueles que já podem tomar o reforço, conhecido como terceira dose, tomem. É uma forma de estimular o sistema imunológico e garantir que a resposta à doença aumente", diz.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação