Homofobia

Vídeo: homem gay aplica mata-leão em homofóbico em Santa Catarina

Caso ocorreu nesta segunda-feira (11/10), em Balneário Camboriú. Ao Correio, uma das vítimas de homofobia confessou que só pensava em afastar o homem do grupo

Um passeio de uma turma de amigos LGBTQI+ de Brasília terminou em confusão em Santa Catarina após o grupo ser vítima de homofobia em Balneário Camboriú. Os amigos se reuniram para tirar fotos quando um homem, não identificado, começou a ofendê-los e chegou a dizer: "sai da frente, viadinho”. O caso ocorreu na última segunda-feira (11/10).


Em entrevista ao Correio, Gabriel Nunes, 25 anos, morador de Samambaia, conta que reagiu para tentar afastar o homem do grupo. Os amigos foram para Santa Catarina em uma excursão, com cerca de 60 pessoas. “A gente saiu daqui na sexta-feira (8/10) e chegamos sábado (9/10)”, detalha.

Durante o passeio de segunda, o grupo se dividiu para tirar fotos. A artista drag Pikineia também estava na excursão e foi um dos alvos dos comentários homofóbicos. “A Pikineia ficou tirando foto de uma amiga nossa que é trans. Estávamos espalhados e ele (o agressor) foi passando por nós e nos xingando. No final, virou para mim e chegou a dizer ‘sai da frente gordo, viado’’.

Gabriel conta que o agressor estava violento e foi para cima da drag Pikineia. “Eu reagi para tentar afastar ele da gente. Falei, em vários momentos para ele sair de lá, mas o agressor tirou a máscara e veio para cima”, afirma.

O homossexual conseguiu aplicar um mata-leão no homem e imobilizá-lo. “Nunca tinha sofrido homofobia antes. Ficamos muito tensos. O passeio depois foi horrível, voltamos para a pousada em que estávamos e ficamos somente lá, muito abalados com a situação”, conta.

O grupo não conseguiu registrar ocorrência porque não conhecia a cidade e preferir voltar para a segurança da pousada depois do ocorrido. “O homem chegou a dizer que voltaria com amigos”, pondera Gabriel.

O homossexual destaca: “a gente só quer o nosso direito de viver, sendo gay, lésbica, trans, sendo qualquer tipo, branco, negro, gordo ou magro. A gente merece viver. Queremos viver, só isso”, afirma.

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