VIOLÊNCIA

Dois dos 26 mortos em operação policial, em Minas Gerais, são do DF

Suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em assaltos foram mortos durante a operação Novo cangaço. Residentes do DF moravam no Plano Piloto e no Gama

Darcianne Diogo
postado em 03/11/2021 23:09 / atualizado em 03/11/2021 23:24
Ao todo, 26 suspeitos de integrar quadrilha do Novo cangaço morreram -  (crédito: Polícia Civil/Divulgação)
Ao todo, 26 suspeitos de integrar quadrilha do Novo cangaço morreram - (crédito: Polícia Civil/Divulgação)

Pelo menos dois, dos 26 suspeitos, que morreram em uma ação policial em Varginha, no Sul de Minas, eram residentes do Distrito Federal. Os envolvidos eram: Eduardo Pereira Alves, 42 anos, e Isaque Xavier Ribeiro, 37. Até o momento, foram identificadas 19 pessoas na operação da Polícia Militar (PM), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

A informação foi confirmada ao Correio pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A identificação está sendo feita pelo Instituto de Medicina Legal (IML) e não há previsão para o término do trabalho.

A operação Novo Cangaço aconteceu no último domingo (31/10). De acordo com as investigações, uma quadrilha planejava ataques a agências bancárias da região de Minas e estaria dividida em dois sítios, localizados em Varginha. Os policiais teriam conseguido chegar aos locais apreender grande quantidade de fuzis, além de outras armas, munições, granadas e coletes a prova de balas.

Residentes do DF, Eduardo morava no Plano Piloto, e Isaque, no Gama. O último tinha passagens pela polícia de 2013, mas pelo fato do processo ser antigo, não está disponível no sistema eletrônico do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT). Fazem parte da lista dos identificados, outros três homens que moravam em Goiás, sendo um do Rio Verde e dois de Goiânia. Cerca de 200 profissionais estão empenhados para identificar os corpos. “Além do serviço de identificação dos corpos, a Polícia Civil esclarece que está em curso a investigação de fatos e circunstâncias para possíveis correlações com outros eventos”, informou a PCMG por nota.

Investigação

O Ministério Público de Minas Gerais e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado vão investigar a operação que terminou com 26 suspeitos mortos e nenhum policial ferido. A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais, também vai acompanhar os trabalhos em função, principalmente, do elevado número de óbitos.

Saiba quem são os 19 identificados até o momento:

Artur Fernando Ferreira Rodrigues, 27 anos, Uberaba (MG) - liberado;
Dirceu Martins Netto, 24 anos, Rio Verde (GO) - liberado;
Eduardo Pereira Alves, 42 anos, Brasília (DF) - liberado;
Evando José Pimenta Junior, 37 anos, Uberlândia (MG)- liberado;
Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, Porto Velho (RO) - liberado;
Gilberto de Jesus Dias, 29 anos, Uberlândia (MG) - liberado;
Giuliano Silva Lopes, 32 anos, Uberlândia (MG) - liberado;
Gleisson Fernando da Silva Morais, 36 anos, Uberaba (MG) - liberado;
Isaque Xavier Ribeiro, 37 anos, Gama (DF);
Itallo Dias Alves, 25 anos, Uberaba (MG) - liberado;
José Filho de Jesus Silva Nepomuceno, 37 anos, Caxias (MA) - liberado;
José Rodrigo Dama Alves, 33 anos, Uberlândia (MG) - liberado;
Julio Cesar de Lira, 36 anos, Santos (SP) - liberado;
Nunis Azevedo Nascimento, 33 anos, Novo Aripuanã (AM) - liberado;
Raphael Gonzaga Silva, 27 anos, Uberlândia (MG) - liberado;
Ricardo Gomes de Freitas, 34 anos, Uberlândia (MG) - liberado;
Romerito Araujo Martins, 35 anos, Goiânia (GO);
Thalles Augusto Silva, 32 anos, Uberaba (MG) - liberado;
Zaqueu Xavier Ribeiro, 40 anos, Goiânia (GO).

 

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