Após passarem três horas em frente à sede da Secretaria de Educação (SEDF) em protesto contra o retorno presencial, as cerca de 800 pessoas que participaram do ato convocado por representantes do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) conseguiram a atenção do Executivo local. O secretário-executivo da pasta, Denilson Bento, recebeu porta-vozes da entidade, ouviu as reivindicações e marcou uma reunião com a categoria para segunda-feira. O objetivo é tentar encontrar soluções para o impasse.
Com o compromisso agendado, o Sinpro-DF suspendeu a paralisação, por enquanto. Hoje, todos os professores voltarão às salas de aula. No entanto, Silvana Cequine, 49 anos, criticou a medida do Governo do Distrito Federal e disse enfrentar condições precárias na escola que trabalha. "O pessoal da infraestrutura foi ao colégio em que atuo, e há salas que não têm janelas. Com o quantitativo normal voltando, fico imaginando como vai ser. Com 15 alunos no modelo híbrido, as coisas estavam difíceis, imagine com 40. A pandemia não acabou, e as coisas não estão normais", criticou a educadora.
Servidora pública na SEDF há 10 anos, a professora Maria Clara Xavier, 33, também não considera esta fase adequada para a retomada total das atividades. "Tivemos um ano muito caótico, de inseguranças e incertezas. Temos muito em que avançar no que se refere à segurança. Este não é o momento adequado para pararmos de usar máscaras e nos aglomerar", defendeu. (EHP, PM, RM)
Colaborou Samara Schwingel
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