Em parceria com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), a Secretaria de Saúde anunciou, ontem, o programa Saúde Segura. A medida visa tentar inibir os casos de agressões e ameaças registradas contra profissionais da saúde da capital. Entre as medidas, está a implementação de um "botão de pânico" em um aplicativo para os diretores e chefes das unidades. O chefe do Departamento Operacional da PMDF, coronel Naime, explicou que o aplicativo não vai começar a funcionar imediatamente, mas está em estudo. "É uma fase que vai demorar um pouco. Quando acionado, de imediato o aplicativo vai enviar um e-mail para a PM, que vai saber de onde veio o chamado e deslocar uma viatura para o local", disse.
Até a implementação do aplicativo, Naime afirmou que a PMDF vai realizar estudos nas unidades hospitalares para reconhecer os principais problemas de segurança da rede. A intenção é iniciar visitas de campo na próxima semana. Segundo o secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, a maioria das ocorrências é registrada ao redor dos hospitais. "Dentro dos hospitais o que acontece são discussões, casos de nervosismo, que é algo natural. Sabemos de quatro ou cinco casos de agressões dentro de hospitais", afirmou, em coletiva realizada ontem.
Apesar da declaração do secretário, os servidores se dizem cansados. Ao Correio, duas servidoras da Saúde, que preferem não se identificar, relatam constantes casos de desrespeito e agressão. "Uma vez, uma mulher chegou ao local em que trabalho querendo passar na frente de todos que estavam na fila. Ela invadiu nossa sala e começou a gritar", conta uma técnica de enfermagem. Outra servidora relata que, além das constantes ameaças e casos de agressão, há roubos dentro de unidades. "A gente tem total insegurança. Pacientes acham que têm direito de nos agredir quando não fazemos o que querem", desabafou uma enfermeira.
Vacinas
Também durante a coletiva, os gestores da Saúde afirmaram que, por enquanto, o DF não vai ampliar o público da dose de reforço. Sendo assim, a terceira dose segue restrita aos idosos com 60 anos ou mais e aos profissionais de saúde que tenham tomado a segunda dose há, pelo menos, seis meses; e imunossuprimidos graves com mais de 18 anos que tenham completado o ciclo vacinal há 28 dias. Além disso, os gestores pediram atenção à cobertura vacinal. Até o momento, o DF vacinou 2,2 milhões de pessoas com a primeira dose; 1.707.638 completaram o ciclo vacinal; e 139.218 receberam a dose de reforço. (SS)
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