VIOLÊNCIA

Policial civil esfaqueia ex-namorado com canivete

Darcianne Diogo
postado em 29/11/2021 00:01
 (crédito: Reprodução/Redes sociais)
(crédito: Reprodução/Redes sociais)

Pouco mais de três meses após ser liberada da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) por perseguir o ex-namorado, a policial civil do DF Rafaella Motta voltou a cometer crimes e esfaqueou o homem com um canivete, na madrugada de ontem. Em agosto, a servidora teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e ficou na Colmeia, mas foi solta dias depois.

A policial teve a arma recolhida pela Corregedoria da PCDF, no entanto costumava andar com spray de pimenta e canivete. No sábado, por volta das 23h, Rafaella marcou para sair com o atual namorado e estacionou o carro a três ruas de distância da casa do ex, no SOF Norte.

Defesa

Em depoimento, o homem contou que Rafaella invadiu a residência e furou dois pneus do carro dele. A vítima teria ido atrás dela, quando foi atingida com dois golpes de canivete nas costas e uma mordida no peito. O caso é investigado como lesão corporal. A vítima passa bem.

Na delegacia, Rafaella assinou um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e foi liberada. Em defesa, ela alegou que passou ocasionalmente pela rua do ex, quando ele tentou correr atrás dela. Relatou que tentou fugir e, "assustada", pegou o canivete na bolsa, afirmando que o ex pulou sobre ela para imobilizá-la e acabou se lesionando. Questionada sobre ter furado os pneus do carro, a mulher rebateu que não tem envolvimento com o dano e acredita que o próprio ex fez isso para incriminá-la.

Em nota, a PCDF confirmou que a acusada pertence aos quadros da instituição e responde a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na Comissão Permanente de Disciplina (CPD) e a diversos procedimentos na Corregedoria Geral de Polícia (CGP). A corporação destacou que a servidora está afastada das funções por licença médica. "Ela teve suas armas recolhidas e a sua restrição será formalmente comunicada ao Juízo", frisou o texto.

Ocorrências

Rafaella foi presa em 3 de agosto após invadir a Corregedoria da PCDF, no Departamento de Polícia Especializada (DPE), para tentar impedir o depoimento do ex-namorado, o mesmo lesionado com canivete. Três dias depois, ela teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por falsidade ideológica e coação.

Em 2018, a policial ameaçou um homem com quem namorava, segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A vítima relatou que conheceu a agente por meio de um aplicativo de relacionamento. Após desentendimentos entre o casal, o companheiro quis romper a relação, mas ela não aceitava o término e ligava insistentemente para ele.

Em 10 de março daquele ano, a agente esteve no endereço dele, onde ficou por várias horas e só saiu depois de a vítima aparecer e dizer que os dois poderiam se encontrar no dia seguinte. Em uma das ocasiões, a policial o ameaçou.

Rafaella Motta foi condenada pela Justiça nesse processo e recebeu pena de restrição de direitos, podendo responder em liberdade. A reportagem tentou contato com a agente, mas não teve retorno até o fechamento desta edição. (DD)

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Avô e neto são executados

Avô e neto foram assassinados na Chácara Santa Luzia, na Estrutural, após uma confusão. Segundo boletim de ocorrência da 8ª Delegacia de Polícia, Patrício Pucini Peixoto, 43 anos, foi morto ao defender o jovem de 15 anos. Crime aconteceu na madrugada de sábado.

De acordo com as informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), três homens foram até à casa de Patrício procurando o neto dele, na intenção de matá-lo por um suposto abuso cometido contra uma criança. O avô negou que o rapaz estivesse na residência e tentou afastar os suspeitos, quando foi esfaqueado no tórax. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros Militar, mas não resistiu.

O alvo do trio saiu correndo após o avô ser atacado. Em fuga, jovem se escondeu na casa de uma vizinha, mas foi encontrado pelos suspeitos, que atiraram, pelo menos, três vezes contra o rapaz. À polícia, testemunhas relataram que o adolescente não tinha envolvimento com briga, trabalhava como pedreiro e frequentava a igreja. Elas acreditam que o adolescente possa ter sido confundido. O caso é investigado pela 8ª DP, que trabalha para localizar os suspeitos.

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