PANDEMIA

Passaporte da vacina na UnB

Comprovante de vacinação contra a covid-19 será condição para acessar espaços como Biblioteca Central e Restaurante Universitário do câmpus Darcy Ribeiro. Decisão aprovada na quinta-feira ainda não foi publicada

Para retomar as atividades presenciais no próximo semestre, a Universidade de Brasília (UnB) exigirá comprovante de vacinação contra a covid-19 para acesso a alguns pontos do câmpus Darcy Ribeiro. A decisão foi aprovada pelo Conselho de Administração (CAD) da instituição de ensino superior, na quinta-feira, e prevê obrigatoriedade para entrar na Biblioteca Central (BCE) e no Restaurante Universitário (RU). A resolução orienta sobre o retorno seguro ao trabalho presencial e segue o determinado na Instrução Normativa nº 90, do Ministério da Economia. O "passaporte da vacina" entra em vigor 15 dias após a publicação da norma, ainda sem data para acontecer.

A previsão é de que o próximo semestre letivo tenha início em 17 de janeiro. Na reunião, os integrantes do CAD também aprovaram diretrizes como a recomendação de que toda a comunidade universitária esteja imunizada e a possibilidade de que os conselhos das unidades acadêmicas ou dos centros vinculados à reitoria limitem o uso de espaços apenas às pessoas que completaram o ciclo vacinal. Assim, o texto reconhece a autonomia das diretorias para deliberar, quando estritamente necessário e em conformidade com a legislação vigente, a exigência do comprovante.

O CAD determinou, inclusive, que servidores responsáveis pelos cuidados com pais idosos ou filhos de até 2 anos que não frequentam escolas poderão permanecer em regime de trabalho remoto.

Uma pesquisa realizada pela própria UnB e ainda em andamento revela, preliminarmente, que 98% dos estudantes deram início ao ciclo vacinal. Entre os técnicos, essa taxa é de 97%. Quanto aos docentes, o grupo representa 99%.

Cenário

Em relação à imunização no Distrito Federal, ontem, mais 1.232 pessoas receberam a primeira dose (D1) contra a covid-19 e outras 13.437 completaram o ciclo vacinal com a segunda (D2). Quanto à terceira (D3), houve aplicação de 2.397 imunizantes. Novamente, não houve atendimento com a Janssen, de administração única (DU), por indisponibilidade no estoque.

No total, o DF tem 2.266.654 vacinados com a D1, o que representa 87,9% da população apta a receber as doses — público com mais de 12 anos. Com o ciclo vacinal completo, são 1.823.362 pessoas (70,7%).

Pandemia

A taxa de transmissão da covid-19 — que avalia a reprodução do vírus Sars-CoV-2 — apresentou leve aumento ontem e fechou em 0,7. No dia anterior, o índice havia ficado em 0,69. Apesar do crescimento, o cenário é considerado sob controle, pois o indicador permanece abaixo de 1.

As médias móveis de mortes e de casos, que permitem analisar o avanço ou a retração da pandemia ao contabilizar possíveis atrasos nas notificações, estão em queda no DF. O indicador dos óbitos teve queda de 29,2% em relação ao resultado de 14 dias antes. Já o das infecções variou -36%, na comparação com o mesmo período. Os cálculos são refeitos diariamente, por meio da soma dos números dos últimos sete dias divida por sete.

A Secretaria de Saúde confirmou mais 130 casos da doença e 10 óbitos — uma delas ocorrida ontem. As demais vítimas morreram entre 5 de setembro e quinta-feira. Com isso, o Distrito Federal soma 516.470 infecções e 10.957 vidas perdidas desde o início da pandemia, em março de 2020.