Guilherme Campelo foi o terceiro entrevistado e encabeça a chapa 10. O candidato é advogado tributarista. Com sete anos de formação, ele destaca que o diferencial é nunca ter participado de campanhas da OAB-DF. "Eu penso que nós precisamos oxigenar e mudar os dirigentes. Há 20 anos, participa um grupo no poder", ressalta. "Nós precisamos dar a participação para todos os advogados no DF. Acho que essa é a nossa inovação nesse pleito", promete o candidato.
Segundo Campelo, 73% dos advogados no DF, durante a pandemia, não pagaram a anuidade da Ordem e, por conta disso, não devem votar. "A OAB, de um modo geral, está estagnada no tempo. Nós temos que modernizar", avaliou. "Eu quero dar voz aos sem voz, principalmente a esses colegas que estão passando dificuldades nesse período da pandemia. Muitos fecharam os seus escritórios e não conseguiram pagar a anuidade. Nós queremos resgatar essa credibilidade e essa dignidade para a nossa classe", ressaltou. Campelo disse que é favorável à criação de um órgão de contas para fiscalizar a arrecadação e a aplicação do dinheiro.
Além disso, o candidato tem como um dos objetivos, se eleito, focar nos serviços fundamentais para o advogado e para as famílias como a Caixa Assistência. "Nós não temos plano de saúde e plano odontológico. A gente tem que dar um apoio ao colega advogado e, principalmente, humanizar a nossa instituição, não só no DF", declara Campelo. "Nós queremos condições de trabalho", completa o candidato que atuou como presidente da Comissão de Direito Tributário da Associação Brasileira dos Advogados (ABA).
Anuidade
Uma das promessas de campanha de Guilherme Campelo é a redução da anuidade paga à OAB-DF pela metade, no ano que vem. "A redução de 50% da anuidade ocorrerá no primeiro ano de gestão, em 2022, justamente para corroborar por conta da pandemia que assolou todo o nosso segmento, principalmente a advocacia no DF para dar uma retomada na nossa atividade. Isso se justifica como uma ajuda para o colega advogado", explicou o candidato.
De acordo com Campelo, o valor pago pelos advogados do DF custa em torno de R$ 800 ao ano. O projeto indicado pelo candidato pretende fazer mais com esse dinheiro, mesmo reduzindo a anuidade. "Nós arrecadamos R$ 32 milhões só neste ano, em plena pandemia. No ano que vem, vai dobrar", destaca. "Precisamos gastar com o advogado, porque, infelizmente, a atual gestão da OAB-DF gastou R$ 500 mil em 2019, quando não existia pandemia no DF, e nem no mundo, com festas, viagens e almoços para conselheiros. Esse dinheiro tem que ser gasto para a advocacia e não para os conselheiros. É assim que nossa chapa pensa", ressaltou.
