Ontem, aproximadamente 7 mil fiéis da capital se reuniram na Arena BRB, no Ginásio Nilson Nelson, para o Festival Gospel Dia do Evangélico, feito para celebrar a data, comemorada no Distrito Federal, em 30 de novembro, desde 1995. Cerca de 30% dos moradores do DF professam a religião evangélica, segundo dados da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Organizado pelo Conselho de Pastores Evangélicos do Distrito Federal (Copev) — em parceria com o Instituto de Produção Socioeducativo e Cultural Brasileiro (IPCB) — o evento teve como atrações principais a cantora Aline Barros e o pregador Deive Leonardo. A iniciativa contou com o apoio da Secretaria de Turismo do DF e da Câmara Legislativa do DF (CLDF).
O festival marcou o retorno das celebrações presenciais dos evangélicos do DF. O pastor Josimar Francisco, presidente do Copev, relembrou que, em 2020, o evento em comemoração ao Dia do Evangélico foi realizado de maneira virtual, em respeito às medidas de segurança para conter a pandemia da covid-19. O presbítero, porém, destacou que os protocolos ainda em vigor na capital foram seguidos durante o festival. "Estamos retomando (as celebrações), com os protocolos (contra a covid-19), tanto que o público está reduzido, não nos deixaram usar todo o espaço (do ginásio) e aceitamos. Melhor fazer com menos pessoas do que não fazer", refletiu o pastor.
O festival não foi transmitido, mas para acolher a maior quantidade de fiéis da capital, as igrejas do DF realizaram cultos pelo Dia do Evangélico, simultaneamente ao evento. "O povo evangélico precisa dessa unidade, as igrejas ficaram muito distantes durante a pandemia — toda a sociedade ficou assim e, com a gente, não foi diferente. Esse evento representa a volta da unidade das igrejas e o reencontro das pessoas, que voltaram a se relacionar", observou o presidente do Copev.
Pandemia
Sentadas durante a maior parte do tempo em que a reportagem esteve no local, as pessoas que acompanhavam o evento estavam, majoritariamente, de máscaras, apesar de as cadeiras não estarem espaçadas umas das outras. A organização, contudo, optou por receber apenas 58% da capacidade do ginásio, que pode comportar até cerca de 12 mil pessoas. Não há mais obrigatoriedade do limite de 50% do público em festivais no DF desde 24 de novembro.
Os portões do festival foram abertos às 14h, mas o pastor Moisés Limeira, 42 anos, acompanhado da esposa, Francisca Limeira, 42, e da filha, Ester Karina, 19, chegou ao evento por volta das 17h20. Moisés, que lidera o Ministério Apostólico Filhos do Rei (Mafrei), na Candangolândia, foi ao ginásio com alguns fiéis da igreja. "Minha filha que juntou todo mundo para vir. Sempre viemos para o evento em comemoração ao Dia do Evangélico e achamos uma maravilha (voltar a ser presencial). Na pandemia, todo mundo ficou preso em casa, então (o evento presencial), dá a sensação de liberdade. Poder adorar a Deus com mais pessoas é sempre melhor", observou o pastor.
Perguntada sobre a ideia de organizar uma caravana para o festival, a filha de Moisés destacou o caráter da iniciativa. "É muito importante um evento desse cunho, que abrange a área social e evangelística. É bom virmos para orar juntos pelo Brasil, por toda essa situação difícil que estamos passando", completou Ester, referindo-se à pandemia da covid-19.
Família
Acompanhada dos dois filhos, a funcionária pública Raíssa Vernay, 27, foi ao festival acompanhar o show do marido, Renzo Vernay, que se apresentou com o grupo Tribo do Funk. A moradora do Guará 2, ao lado de Liz, 7 anos, e Davi, 4, aprovou a iniciativa. "Está tudo muito bem organizado, são muitas atrações. Meus filhos se divertiram e dançaram bastante", alegrou-se Raíssa. "É um evento bem especial e diferenciado, voltado para toda a família'', acrescentou. Além de Aline Barros, Deive Leonardo e Tribo do Funk, o festival recebeu as cantoras Leidy Murilho e Lillyan Duarte.
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