Enterro

Adeus à Giovanna Peters

Encontrada morta na última sexta-feira, a jovem foi enterrada ontem em Taguatinga. Familiares pedem Justiça

Samara Schwingel
Carlos Silva*
postado em 07/12/2021 00:01
 (crédito: Carlos SIlva/CB/DA Pres)
(crédito: Carlos SIlva/CB/DA Pres)

Dor e revolta marcaram o enterro de Giovanna Laura Santos Peters, 20 anos. Ela foi velada e enterrada no cemitério de Taguatinga no Distrito Federal. A comoção entre os presentes era visível. Giovanna foi encontrada degolada em um matagal, na última sexta-feira, depois de passar cerca de uma semana desaparecida. O principal suspeito é o namorado, Leandro de Araújo Marques, 22. Ontem, familiares e amigos se despediram da jovem. Segundo os presente à despedida, o que mais indigna é a frieza de Leandro diante do ocorrido.

O caixão da jovem chegou a ficar cerca de meia hora na capela para visitação de familiares e amigos. Muitas pessoas apareceram para prestar homenagens. Depois do momento solene, o caixão seguiu para o local em que seria enterrado. Por volta das 12h, ocorreu o sepultamento, e os presentes soltaram balões nas cores rosa e branca em homenagem à jovem. O clima de tristeza ficou mais intenso durante a descida do caixão. Com dificuldades em conter as emoções, algumas pessoas preferiram se afastar.

Daniele Aleixo Arruda de Souza, 35 anos, tia de Giovanna, contou que o namoro da sobrinha com Leandro era conturbado, e a jovem já havia manifestado a intenção de terminar. "Ele era agressivo. A gente falava muito com ela para tomar cuidado", afirmou. Outra tia da jovem, Lucilene Ferreira, destacou que a família está muito abalada. "Nada justifica. O que indigna mais é a frieza. Isso nos deixa pior", disse, lembrando que Leandro mandou mensagens aos familiares pelo celular de Giovanna.

Agora, os familiares pedem por Justiça. Enquanto estavam no enterro da vítima, a família soube que, ao mesmo tempo, ocorria a audiência de custódia de Leandro. "Eu passei mal. Estava dirigindo e perdi a força de segurar no volante", contou um dos tios mais próximos de Giovanna, Cleiton Ferreira, 44. "Se ele sair da prisão, não existe justiça no Brasil. Ele matou, ocultou, mentiu, tentou enganar familiares e a polícia", completou. A declaração foi feita antes do resultado da audiência.

Ainda ontem, o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), por meio do Tribunal do Júri de Ceilândia, converteu a prisão de Leandro em preventiva. Agora, ele vai aguardar o fim do inquérito policial e o início do julgamento numa unidade carcerária. Como o caso está em segredo de Justiça, os detalhes da audiência de Leandro não foram revelados.

*Estagiário sob a supervisão de Juliana Oliveira

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