Violência contra mulher

Preso assassino que esfaqueou mulher 59 vezes em Samambaia

Drielle Ribeiro da Silva, 34 anos, teve o corpo encontrado na QR 206, próximo à linha do trem do metrô

Darcianne Diogo
postado em 08/12/2021 11:27 / atualizado em 08/12/2021 12:10
 (crédito: Reprodução/Redes sociais)
(crédito: Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu preventivamente, na noite desta terça-feira (7/12), o suspeito de assassinar Drielle Ribeiro da Silva, 34 anos. Juvenilton Aquino da Costa, 36, esfaqueou, ao menos 59 vezes, a dona de casa, na noite de domingo (5/12). O corpo da mulher foi encontrado em um gramado, na QR 206, próximo à linha do trem do metrô de Samambaia.

O relacionamento entre Drielle e Juvenilton começou em 2013. O casal teve um filho, que atualmente tem 7 anos, e morava com a vítima, também em Samambaia. As adversidades na relação começaram a surgir dois meses depois do nascimento do menino. Os dois, então, decidiram se separar por causa de ciúmes excessivo, mas os problemas perduraram.

A Polícia Civil do DF tomou conhecimento acerca do crime por volta das 8h de segunda-feira (6/12), quando uma pessoa passou pela QR 206 e avistou um corpo no gramado. A Polícia Militar do DF também foi acionada. Investigadores da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) acreditam que Drielle foi morta por volta da 00h.

Foram ao menos 59 facadas desferidas contra o corpo de Drielle, segundo a PCDF. A irmã da vítima relatou que, por volta das 22h30 de domingo, enviou uma mensagem à ela perguntando se estava tudo bem. Em resposta, Drielle disse que sim. Segundo a PMDF, após assassinar a mulher, Juvenilton foi na casa do pai, pegou uma mochila com roupas e fugiu.

Relação conturbada

Em abril do ano passado, Drielle registrou ao menos dois boletins de ocorrência no âmbito Maria da Penha contra Juvenilton. Com medidas protetivas deferidas pela Justiça e proibido de se aproximar da mulher, em 3 de abril Juvenilton compareceu a uma festa em Samambaia, mesmo local onde Drielle estava. A mulher chegou por volta das 22h e o acusado foi pouco tempo depois, às 23h30. Em relato, a dona de casa disse que, durante todo o evento, o homem a vigiava, com características de perseguição.

Um dia depois da festa, em 4 de abril, Drielle retornou à delegacia para relatar uma outra situação. Segundo depoimento prestado à época, a vítima caminhava em direção à porta da casa do irmão, na QR 206, quando viu Juvenilton, que mora em uma quadra próxima.

Em segundos, uma viatura da Polícia Militar do DF passou pelo local. Agressivo, o homem dirigiu-se a ela e disse: “Você chamou essa viatura para mim?”. Drielle respondeu que não sabia que a viatura estava lá. Em resposta, o homem ameaçou: “Você fica ligeira. Vou te matar e beber seu sangue, sua piranha! Vagabunda”.

Ainda em interrogatório, Drielle contou que, após xingá-la e ameaçá-la, Juvenilton tentou agredi-la, mas teria sido impedido pelo pai. Uma irmã de Drielle, que preferiu não se identificar, contou ao Correio que o relacionamento entre o casal era conturbado. Disse, inclusive, que certa vez o agressor tentou atropelá-la de carro, a arrastando pela rua. Em outra ocasião, Juvenilton ateou fogo em uma foto após uma briga.

 

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