Um homem de 64 anos é acusado de torturar e estuprar os filhos adotivos, de 6 e 7 anos, na casa da família, na Asa Sul. O caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em fevereiro deste ano e veio a público, agora. De acordo com o delegado da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) Paulo Sávio, o suspeito é bancário aposentado e atuava como acupunturista.
A então companheira do homem relatou os crimes à polícia. “No mesmo dia da denúncia, entendemos que era o caso de tomar as providências. Acionamos o Conselho Tutelar e fomos à casa dele. Esse é um caso antigo, a comunicante veio em fevereiro, e a investigação durou quase seis meses”, detalha Paulo Sávio, ao Correio. A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) no fim de junho. O processo segue sob sigilo, por envolver menores de idade, e as vítimas estão sob os cuidados do Conselho Tutelar.
Segundo o delegado da DPCA, a denunciante contou que os dois irmãos — adotados legalmente pelo homem em Goiás — sofriam agressões com cinto. “O mais velho disse que o homem o tocava. Os meninos foram ouvidos, e confirmaram os maus-tratos e os abusos sexuais”, ressalta Sávio.
Relacionamento
Paulo Sávio revela que o suspeito conheceu a então companheira na igreja evangélica que ambos frequentavam. “Em questão de meses, estavam casados. Ficaram juntos pouco mais de um ano. Quando ela chegou, ele já tinha adotado os meninos”, lembra o delegado. A mulher se separou do homem quando tomou conhecimento dos crimes. "As ações foram enquadradas como estupro de vulnerável", salienta o delegado. A pena para o crime pode chegar a 15 anos de prisão. O acusado também responderá por maus-tratos — cuja detenção pode alcançar o período máximo de um ano.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.