Decisão

PM que chefiava agiotagem, irmão, pai e comparsas tornam-se réus na Justiça

O policial Ronie Peter foi denunciado pelo MPDFT pelos crimes de organização criminosa, usura e lavagem de dinheiro, além de quatro delitos de extorsão

Darcianne Diogo
postado em 13/12/2021 17:33 / atualizado em 13/12/2021 17:34
 (crédito:  Reprodução/Redes Sociais)
(crédito: Reprodução/Redes Sociais)

O sargento da Polícia Militar do DF (PMDF) preso acusado de chefiar um esquema de agiotagem na capital, o irmão, o pai e outros dois integrantes da organização criminosa tornaram-se réus depois da Justiça receber a denúncia do Ministério Público (MPDFT). O grupo foi preso no âmbito da operação S.O.S Malibu, desencadeada pela Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais da Polícia Civil (Corpatri/PCDF).

O policial Ronie Peter foi denunciado pelo MPDFT pelos crimes de organização criminosa, usura e lavagem de dinheiro, além de quatro delitos de extorsão. Na avaliação do Ministério Público, o PM exercia a liderança da organização criminosa e requereu, ainda, a perda do cargo na corporação em caso de condenação.

O irmão de Ronie, Thiago Fernandes, foi denunciado por organização criminosa, usura e lavagem de dinheiro. Os mesmos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro foram atribuídos a Djair Baia, pai dos investigados.

O MPDFT também denunciou Alison Silva Lima e a nutricionista Raiane Gonçalves Campelo pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Diferentemente dos dois, Ronie e Thiago tiveram a prisão convertida em preventiva pela Justiça e encontram-se presos.

Esquema milionário

A quadrilha era chefiada pelo sargento e, segundo as investigações, os acusados usavam três empresas de fachada: uma clínica estética, uma lanchonete de fast food e um mercado da família dos acusados. “As empresas funcionavam como mecanismo de dissimulação, trabalhavam com a operação de uma série de contas bancárias para trazer aparência de limpo para o dinheiro”, explicou o delegado Fernando Cocito. Nos últimos seis meses, as empresas movimentaram pelo menos R$ 8 milhões.

Em dois anos, o grupo adquiriu oito veículos da marca Porsche, cada um com valor aproximado de R$ 1 milhão. Durante a operação, três veículos da marca Porsche e um veículo BMW/X4 foram apreendidos. Os carros estão avaliados em R$ 3 milhões. Também foram bloqueadas sete contas bancárias, de pessoas físicas e jurídicas, com o bloqueio e sequestro de R$ 8 milhões.

 

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