O CB.Poder, uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, recebeu, ontem, o presidente da CEB Holding e diretor geral da CEB Iluminação Pública, Edson Garcia. Na bancada, o jornalista Vicente Nunes foi o responsável pela entrevista. O presidente detalhou os planos e projetos futuros da empresa, incluindo a recente aquisição de um financiamento de R$ 650 milhões do New Development Bank (NDB) — Banco dos Brics — para investir na construção e implantação de uma usina de energia limpa no Distrito Federal, além da renovação da iluminação pública.
A CEB conseguiu um empréstimo com o New Development Bank (NDB) e isso vai render um financiamento em torno de
R$ 650 milhões, é isso mesmo?
Fechamos o ano de 2021 com essa boa notícia. Tivemos a confirmação, agora, no dia 24 de dezembro, na China, na cidade de Xangai, onde é a sede do NBD, o banco de desenvolvimento dos países associados que são os Brics e mais quatro países que se filiaram agora. Mas esse projeto foi começado no ano passado e foi aprovado pela diretoria do banco para darmos o seguimento em toda a negociação que deverá seguir no primeiro semestre.
O que é que se pretende fazer com esse dinheiro?
Esse projeto tem direcionamento forte em duas linhas que são as atividades hoje da nova vocação da CEB, que é iluminação pública e a geração de energia. Como se sabe, nós temos uma quantidade de usinas hidroelétricas, em que somos sócios e acionistas. Todas essas usinas compõem uma atividade de negócios da CEB na geração de energia. E o que queremos acrescentar nisso? Energia limpa. A energia solar para o Distrito Federal tem todas as características. Temos uma insolação bastante considerável e, nos últimos anos, enorme de crescimento de micro usinas residenciais na cidade e mini usinas, de até cinco megas de geração distribuída para comércios, empresas e auto produtores. Pretendemos fazer um investimento de uma grande usina de 162 mega de pico de potência que vai gerar energia para o GDF e também há uma hipótese de gerar para órgãos públicos do governo federal. Trabalhamos nesse projeto ainda dentro da Câmara Legislativa, para que os órgãos públicos do GDF, até 2028, tenham 75% do seu consumo originário de energia limpa.
Qual vai ser a capacidade de abastecimento da usina e quando isso vai entrar em operação? Dá para reduzir em quanto a tarifa?
O que estamos negociando como proposta para os nossos parceiros, que são os órgãos públicos, são descontos de tarifa na faixa de 20%. No mercado hoje de geração fotovoltaica, quem faz essa negociação dá desconto de 10%, a gente está dando de 20%. A nossa previsão é de que só o GDF vá economizar de R$ 80 a R$ 90 milhões por ano de gasto com energia.
E esse desconto vale a
pena porque você cativa o cliente, certo?
Exatamente. A CEB será uma empreendedora, ela está captando recursos a longo prazo. O NDB é um banco que tem hoje, no Brasil, a menor taxa. É muito importante a gente colocar, na agenda do NDB, projetos brasileiros, e esse projeto foi eleito como de referência, por ser voltado para a sustentabilidade. Ele trabalha com iluminação pública de baixo consumo, que é LED, e com geração de energia limpa. Além disso, a proposta vem em uma linha de planejamento estratégico da CEB e do GDF de fazer com que 100% do DF tenha, nesses próximos anos, a iluminação de LED, que é muito mais eficiente.
Para assistir à entrevista, acesse o canal do Correio Braziliense.
*Estagiário sob a supervisão de Juliana Oliveira
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