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Parlamentar aposta em reeleição

Em entrevista, a Deputada Federal Bia Kicis (PLS-DF) comentou as perspectivas eleitorais para outubro e avaliou que, no Distrito Federal, base política do presidente Bolsonaro é forte e acredita em apoio ao chefe do Executivo

Maria Eduarda Angeli*
postado em 06/01/2022 00:01
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Apoiadora de primeira hora do atual Governo Federal, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Bia Kicis (PSL-DF), foi a entrevistada de ontem do CB Poder, programa que é uma parceria entre o Correio e a TV Brasília. Na conversa com a jornalista Denise Rothenburg, ela abordou suas pretensões políticas para 2022 e o cenário pré-eleitoral.

De acordo com a parlamentar, ela está conversando com possíveis partidos e avaliando para onde deve migrar nas próximas eleições. Bia destacou que percebeu uma receptividade muito grande por parte do Partido Liberal (PL), o mesmo em que o presidente Jair Bolsonaro é filiado. "As coisas estão caminhando bem para eu seguir para o PL", afirmou.

Definição

Questionada sobre para qual cargo concorrerá em outubro, a parlamentar contou que está definindo e vai considerar o posicionamento da Ministra da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda (PL). "Eu acho que o que principal, agora, é a Ministra Flávia se definir. Acho que se ela for para o Senado, seria bacana a gente se apoiar, aí eu vou para a Câmara. Se ela decidir ir para o governo, a gente abre um outro tipo de negociação, mas acho que é mais provável ela ir para o Senado".

Sobre as recentes especulações de uma saída de Flávia Arruda do Governo Federal, a parlamentar disse não acreditar nessa possibilidade e lembrou que o presidente Bolsonaro "é bem enfático em não demitir ministros pela imprensa". A respeito desse episódio, ela aproveitou para afirmar que não há estremecimento na base política do presidente, embora reconheça que alguns partidos de apoio podem ter certa dificuldade em formatar alianças, em casos como os estados do Nordeste.

Ela afirmou que, em recente conversa com o presidente do partido Republicanos, Marcos Pereira, ele reiterou o apoio do partido ao presidente Bolsonaro, em que pesem algumas vozes destoantes estaduais. Até por isso, ela descartou a criação de uma federação partidária nos estados. 

Bia Kicis foi otimista quanto aos apoios que o presidente Jair Bolsonaro deve ter na capital federal. "Brasília é um dos locais onde o presidente teve o maior número de eleitores. Então, a base dele aqui é muito grande", lembrou. Ela minimizou eventuais desgastes eleitorais e afirmou "que quem quiser estar bem eleitoralmente" apoiará o chefe do Executivo Federal.

Quanto à relação com o governador Ibaneis Rocha, a deputada ponderou que é "preciso caminhar mais" para uma composição. "Possível é, mas vai depender muito da posição da ministra Flávia Arruda, vai depender de onde ela vai caminhar", avaliou, embora reconheça que muitas vezes o presidente prefere "não entrar na questão do governo local. É precipitado falar desse apoio", acautelou-se.

Apostas

A presidente da CCJ disse não apostar em uma terceira via, afirmando que o cenário das eleições presidenciais deve ser polarizado. "Acho que vamos chegar em outubro com presidente Bolsonaro e Lula, o ex-condenado. Me entristece muito ver um ex-condenado concorrendo. A gente vê que a situação eleitoral do Brasil está bastante complicada, mas acho que vai ser isso mesmo", lamentou.

Sobre o receio de que o atual chefe do Executivo falte novamente aos debates eleitorais, em razão de seu estado de saúde, Kicis diz que não vê a possibilidade de ausências se ele estiver em condições. "É importante lembrar que o presidente Bolsonaro sempre foi um atleta. Ele foi o 01 da turma dele de educação física, então ele é uma pessoa muito forte. Mas aquele atentado realmente mexeu com a saúde dele", comentou.

Kicis acredita que há possibilidade de votar alguns projetos durante o primeiro semestre de 2022, e destacou sua preferência pela aprovação da Reforma Tributária proposta pela PEC 7/20, de autoria de Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP): "Eu apostaria muito nessa reforma, acho que ela traria benefícios demais para o governo e para os brasileiros."

Durante a entrevista, a deputa fez questão de frisar seu posicionamento quanto à vacinação infantil contra a covid-19. Para ela, o direito de escolha é dos pais: "Luto pelos direitos dos pais de escolherem. Não podemos estatizar nossas crianças". Para conferir a entrevista na íntegra, acesse o canal do Correio no YouTube. 

*Estagiária sob a supervisão de Juliana Oliveira

 

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