O governador Ibaneis Rocha (MDB) entra, hoje, de férias e retorna em 15 dias. Na volta, precisa definir seu destino político. Deve concorrer à reeleição, mas tem de escolher o vice ou a vice, os candidatos ao Senado e distribuir os aliados nos partidos da base, de olho nas contas eleitorais de coeficiente e na cláusula de barreira. Até o fim de março, a nominata dos partidos será definida. Mas a chapa completa só deve sair em junho.
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A pergunta que não quer calar
Como a pandemia parece bem longe do fim, como será a campanha eleitoral deste ano? Mais redes sociais, propagandas na tevê e debates, sem corpo a corpo com o eleitor? Quem ganha e quem perde?
Atleta com câncer inspira lei que garante pontuação no ranking
Denominada Lei Fabíola Constâncio, a Lei nº 7.050/ 2022, publicada nesta semana, garante a manutenção da pontuação no ranking de competições realizadas no DF aos atletas licenciados para o tratamento de câncer e patologias que impliquem longos afastamentos. Segundo o autor da lei, o deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos), a história de Fabíola foi a inspiração. A atleta de vôlei de praia ficou mais de dois anos afastada das quadras, tratando de câncer de mama, e, ao retornar, soube que teve a pontuação zerada no ranking por falta de jogos.
À Queima Roupa
Paco Britto, vice-governador do DF
O senhor assumiu o governo várias vezes em licenças e férias do governador. Isso demonstra confiança de Ibaneis na parceria?
Só posso dizer por mim, e eu tenho plena confiança no governador Ibaneis e neste governo que está resgatando o Distrito federal que o morador tanto queria ver de volta. Nós temos uma parceira que, apesar da pandemia da covid-19, está dando certo e tem trazido vários benefícios ao povo, com grandes obras, um cuidado extremo com a área social, entre outras ações que a população tem reconhecido dia a dia. Temos dado andamento a obras importantes na capital, como a construção do Túnel de Taguatinga, os viadutos do Recanto das Emas, do Sudoeste e do Paranoá e Itapoã, entre outras tantas. Os projetos sociais estão funcionando, em um momento em que a população está precisando e o governo está presente com o cartão Vale-Gás, o cartão Creche, entre outros. Nossos servidores e fornecedores foram pagos regularmente em dia, sem nenhum atraso. Os serviços públicos não pararam um dia sequer.
Qual é a sua expectativa para as eleições? Acredita que Ibaneis vai mesmo concorrer à reeleição?
Tenho plena convicção que para a continuação de projetos importantes que estão beneficiando o povo do DF, o governador Ibaneis deverá ser candidato sim à reeleição. Sabemos que quem chancela uma chapa é o povo, e esta será uma grande chance de a população mostrar que a cidade está melhor com Ibaneis Rocha e Paco Britto.
Já conversaram sobre a vice?
Ainda não. No momento, estamos mais preocupados em continuar os projetos em andamento e em combater a pandemia, avançando ainda mais na vacinação da população, resgatando a nossa economia e trabalhando pelo povo do DF.
Acredita que a sua permanência na chapa seria boa para o projeto de reeleição? Por quê?
Não tenho a menor dúvida. O governador Ibaneis sabe que estou sempre disponível para ajudar e nunca para atrapalhar. Existe aquele ditado que diz: "em time que está ganhando não se mexe". E este é um time vitorioso. Em que o técnico determina o papel de cada um e que, eu, como jogador, respeito as regras e sei exatamente o que fazer, sabendo meu lugar, minhas atribuições e pronto para fazer "o gol" se preciso. Não em meu nome, mas em nome de todo um time chamado Governo Ibaneis Rocha! Ou seja, o DF tem uma boa gestão com esses nomes nas duas principais cadeiras do GDF.
O Avante vai formar uma federação com algum partido?
Este é assunto que é discuto na esfera nacional, cuja executiva eu faço parte. Mas, no momento, não existe a perspectiva. Teremos uma reunião em fevereiro para tratar sobre o assunto.
Como o partido vai sobreviver nas novas regras políticas?
O Avante sempre cumpriu todas as regras eleitorais e continuará cumprindo. Fomos o partido que mais cresceu nas últimas eleições e pretendemos repetir os resultados positivos do último pleito quando elegemos deputados federais, dois distritais — João Cardoso e Reginaldo Sardinha —, um prefeito de capital e vários de interior, além de nomes importantes em diversos Estados.
Quem são os principais nomes do Avante para as próximas eleições?
Estamos montando uma nominata competitiva com nomes importantes e com bastante chances para todas as disputas, isso eu posso garantir. No DF, temos o nome do deputado distrital João Cardoso, por exemplo, entre outros. No cenário nacional, também aparecerão nomes importantes.
Se o senhor for o vice novamente, pensa em concorrer ao governo em 2026?
Ninguém é candidato de si mesmo. Estarei sempre à disposição do nosso grupo político, tanto para concorrer quanto para trabalhar para um candidato que represente o grupo. Meu foco, como já demonstrei até agora, é atuar como vice do governador Ibaneis Rocha para resgatarmos aquela Brasília que dava orgulho a todos nós e que foi sendo deixada de lado, foi ficando mal cuidada, devido a péssimas gestões que passaram pelo governo. Neste momento, é no que eu penso.
Neutralidade no DF
Os palanques nacionais não deverão fazer muito sucesso no DF entre os candidatos ao governo e ao Senado. Com exceção dos nomes totalmente identificados com o presidente Jair Bolsonaro ou com o ex-presidente Lula, os demais políticos deverão exibir pouca vinculação nacional. Pesquisas que circulam nas campanhas apontam que Lula, Bolsonaro e um nome alternativo, como Sergio Moro, dividem igualmente a preferência, cerca de 30% para cada um. Mas quem gosta de Lula rejeita Bolsonaro e Moro. O mesmo ocorre com os bolsonaristas que vetam Lula e Moro. Quem vai de Moro repudia os outros dois. Para quem disputa cargo de governador ou senador, puxar uma rejeição tão grande pode ser fatal. Melhor a neutralidade.
Positivo
Depois de uma campanha intensa para à reeleição, em que circulou muito e ficou ileso na pandemia, o presidente da OAB-DF, Delio Lins e Silva Júnior, testou positivo para covid-19. Está com alguns sintomas, mas bem. Ele tomou posse no segundo mandato na última segunda-feira.
Hora de aumentar os cuidados
Quando se imaginava que a pandemia estaria próxima de arrefecer, o que se vê no Distrito Federal é uma multiplicação de casos de covid-19. Com a complicação da influenza, que tem sintomas parecidos. Difícil encontrar alguém que não tem, pelo menos, um conhecido contaminado. Hora de recuar. Usar máscaras e evitar aglomerações e festas. Mais um ano sem carnaval.