Explosão de covid-19 e influenza frustra turismo

Correio Braziliense
postado em 12/01/2022 00:01
 (crédito: Raphael Carmona/Fecomercio-DF)
(crédito: Raphael Carmona/Fecomercio-DF)

Milhares de pacotes turísticos estão sendo cancelados ou remarcados devido à crise sanitária. A indústria do turismo está novamente no centro do problema. É o setor que sofreu de imediato o impacto diante do avanço da ômicron e da influenza. Voos estão sendo cancelados por falta de tripulação, abatida pela covid ou gripe. E muitas pessoas também decidiram adiar férias por estarem infectadas ou por medo de contaminação.

Corte de voos em Brasília

Nesta semana, a Latam cancelou voos, que estavam lotados, de Brasília para o Rio de Janeiro e cidades do Nordeste. A presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Magda Nassar, disse à coluna que prevê 40 dias difíceis no setor, com muito trabalho de remarcações de pacotes turísticos.

Protocolos rígidos

"Só teremos um balanço real da situação na próxima semana. No momento, temos mais pedidos de remarcações do que cancelamentos. O problema é que as pessoas relaxaram com as medidas de proteção depois da vacina. Vemos, infelizmente, as aglomerações. E temos agora uma nova onda.

Mas os produtos da indústria do turismo seguem protocolos rígidos e garantimos a segurança em voos e hotéis", disse a presidente da Abav à coluna.

Cartilha

A Abav lançou, durante a pandemia, o Guia do Viajante Responsável. Ele contém orientações a turistas para se protegerem e também para não colocarem terceiros em risco . Pode ser acessado no site e no Instagram da Abav.

Projeções para o DF

Pelo não fechamento do comércio

José Aparecido Freire,
presidente da Fecomércio DF

O avanço da ômicron traz novamente a ameaça de lockdown e ou medidas restritivas ao comércio, como redução de horário?

Possibilidade existe, mas até agora não temos nenhuma sinalização do governo em relação a novos fechamentos ou restrições. O que temos visto é que os sintomas dos novos casos de covid-19 são leves para quem já está vacinado. Acredito que esteja havendo um alarde com relação a um novo lockdonwn.

O senhor acha que realmente já estamos na fase de retomada econômica? O que será preciso para consolidar esse processo?

O segundo semestre de 2021 foi muito bom e consolidou o início da retomada econômica no Distrito Federal. Para continuarmos com esse movimento, é necessário que não haja fechamento total do comércio em função de uma nova onda de covid-19.

Quais são as expectativas do setor de comércio, turismo, bens e serviços no DF para 2022?

As expectativas são boas, já que tivemos o segundo semestre de 2021 com ótimos resultados, conforme mostraram as pesquisas do Instituto Fecomércio-DF para as datas comemorativas, como Dia das Crianças, Black Friday e Natal. As empresas voltaram a investir e voltaram a gerar emprego. O comércio foi um dos setores que mais empregou no ano passado no Distrito Federal. Apesar de ser um ano eleição, esperamos que em 2022 possamos ter estabilidade e superar a questão da pandemia com a vacinação, com tranquilidade para seguir crescendo.

Como os empresários podem contribuir para minimizar os problemas sociais da nossa capital?

O Sistema Fecomércio-DF, por meio do Sesc e do Senac, vem oferecendo diversos serviços para a população. Além do Mesa Brasil, que promove segurança alimentar, e do projeto Fecomércio Perto de Você, que passará por várias cidades do DF em 2022 oferendo assistência gratuita em diversas áreas, também estamos reforçando o Programa Senac de Gratuidade (PSG). Só este ano, já entregamos 800 vagas em diferentes cursos que impactam no desenvolvimento da economia.

Regularização de dívidas com a União

Para compensar o veto presidencial ao Refis das micro e pequenas empresas, o governo federal, por meio da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, informou que cerca de 1,8 milhão de empresas inscritas na dívida ativa da União poderão refinanciar dívidas e desta 160 mil são MEI. Optantes do Simples Nacional também poderão ter o benefício. O total dos valores devidos passam de R$ 137 bilhões.

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  • As aeronaves operadas pela TUI são retratadas no aeroporto de Manchester, em Manchester, no noroeste da Inglaterra, em 27 de julho de 2020, após a decisão do operador de férias de cancelar todos os feriados na Espanha continental, devido a um aumento no número de casos covid-19 por lá.
    As aeronaves operadas pela TUI são retratadas no aeroporto de Manchester, em Manchester, no noroeste da Inglaterra, em 27 de julho de 2020, após a decisão do operador de férias de cancelar todos os feriados na Espanha continental, devido a um aumento no número de casos covid-19 por lá. Foto: Anthony Devlin / AFP
  •  Crédito: Alexandre Campbell/Divulgação. Capital S/A.  Magda Nassar, presidente da ABAV
    Crédito: Alexandre Campbell/Divulgação. Capital S/A. Magda Nassar, presidente da ABAV Foto: Alexandre Campbell/Divulgação
  •  Credito: Ana Rayssa/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. CB Poder. Entrevista com o presidente da FIBRA, Jamal Jorge Bittar.
    Credito: Ana Rayssa/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. CB Poder. Entrevista com o presidente da FIBRA, Jamal Jorge Bittar. Foto: Ana Rayssa/CB/D.A. Press

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