Uma frente com dois candidatos ao governo

Correio Braziliense
postado em 29/01/2022 00:01

Uma possível federação envolvendo o PSDB e o Cidadania, que vem sendo discutida e incentivada pelo governador de São Paulo, João Doria, vai mexer com o cenário eleitoral no Distrito Federal. Os dois partidos, alinhados em várias disputas, têm dois prováveis candidatos ao Palácio do Buriti: os senadores Leila Barros (Cidadania-DF) e Izalci Lucas (PSDB-DF). Uma união nacional e vertical colocaria os dois políticos juntos numa mesma frente na corrida ao GDF. Quem vai liderar? Dependerá de uma discussão envolvendo a direção nacional das duas legendas. Izalci acha que está na fila há mais tempo. Foi deputado distrital, federal, secretário de Estado e senador. Mas Leila também tem demonstrado a aliados disposição de concorrer.

Izalci espera por Reguffe…

Izalci Lucas também busca levar mais partidos para uma composição eleitoral de olho no governo do DF. Ele acredita que pode ter a seu lado o senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF) numa eventual candidatura dele a novo mandato no Senado. Reguffe tem se colocado, nas conversas políticas de bastidores, como pré-candidato ao Buriti, mas ainda não fez um anúncio oficial. Por isso, Izalci aposta numa aliança em que Reguffe mantenha o palanque para o ex-juiz Sérgio Moro no DF, e o tucano defenda na campanha a eleição de João Doria.

MDB dividido

Nessa frente, Izalci conta ainda com o PSC que deve ser comandado no DF por seu suplente, Felipe Belmonte, e sonha até com o MDB, partido do governador Ibaneis Rocha. Claro que Ibaneis e Izalci estarão em lados opostos, mas pode haver uma aproximação nacional entre MDB e PSDB, medida que também é costurada por João Doria.

Simone Tebet facilita

Composições regionais

No caso de uma aliança nacional entre PSDB e MDB, Ibaneis Rocha poderia migrar para outra legenda, possivelmente o PP. O MDB, no entanto, é um partido com caras regionais. No Sul, é bolsonarista. No Nordeste, lulista. E em São Paulo aposta numa terceira via. Mais provável hoje é que mantenha a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência.

Lei do magistério tem dono

Usada como mote para o presidente Jair Bolsonaro conceder um reajuste de 33% para o magistério, a lei 11.738/2008, que estabelece o piso salarial básico nacional para professores da rede pública e a atualização anual, é de autoria do ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania-DF) e foi sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silvia. O uso político do benefício na campanha de Bolsonaro será contestado pelos dois adversários do presidente.

Solo

Por falar em Cristovam, ele tem sido aconselhado a concorrer a uma vaga de deputado federal. A aposta é de que faria sozinho o coeficiente eleitoral de 180 mil votos. A conferir.

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