racismo

Adolescente de 14 anos sofre agressão e injúria racial em Santa Maria

Caso aconteceu em Santa Maria e o jovem teria sido chamado de "preto safado" e "macaco", além de ter recebido um tapa no rosto

Renata Nagashima
Bruna Lessa*
postado em 01/02/2022 10:57 / atualizado em 01/02/2022 17:00
 (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
(crédito: Reprodução/Redes Sociais)

No último domingo (30/1), um vídeo em que uma mulher discute com moradores dizendo que não quer um menino na porta de sua casa começou a circular na internet. A confusão teria começado, de acordo com testemunhas, após a mulher bater no rosto de um adolescente de 14 anos e tê-lo chamado de “preto safado” e “macaco”. O caso aconteceu em Santa Maria.

“Tu foi racista, todo mundo aqui é testemunha”, diz morador em trecho do vídeo. A mulher envolvida na confusão responde: “Não estou nem aí”. A mãe do adolescente informou que, no domingo, seu filho estava na casa de um colega e eles foram juntos comprar refrigerante em uma distribuidora. Na volta, ele teria passado na casa de um colega para chamá-lo e, nesse momento, a moradora teria xingado o menino e começado a dizer que não o queria na porta de sua casa.

A mulher teria batido no rosto do menino após ele dizer para que ela não apontasse o dedo em seu rosto. Depois do acontecido, o menino saiu correndo para sua casa e a suspeita foi atrás. Ela ficou batendo no portão e ameaçando o jovem. A mãe do adolescente não estava em casa no momento do ocorrido.

“Ele tem bronquite asmática e entrou em crise, começou a ficar sem ar e aí veio correndo para casa e ela veio atrás. Eu tinha ido no mercado, ele fechou o portão e ela começou a chutar para poder entrar aqui dentro, falando, inclusive, que era para chamar a 'preta da mãe dele', no caso eu, que ela queria dar na cara. Graças a Deus que conseguiram registrar algumas coisas que ela disse”, informou a mãe do menino.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apura, através da 33ª DP, o possível caso de injúria racial e lesão corporal. As testemunhas, a mãe do garoto e a suspeita serão chamados para depor.

O Correio não obteve contato com a suspeita mas o espaço segue aberto para manifestação.

 

 

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