Acidente

Avião que caiu no Jardim Botânico teve problema de pane elétrica em junho no ano passado

Aeronave saiu de Orlândia (SP) com destino a Porto Belo (SC), mas precisou pousar em Navegantes (SC)

Renata Nagashima
postado em 02/02/2022 18:53
 (crédito:  Reprodução/Redes Sociais)
(crédito: Reprodução/Redes Sociais)

O avião de pequeno porte que caiu na Fazenda Piquet, na última segunda-feira (31/1), na subida da Ponte JK, no Jardim Botânico, apresentou um problema de pane elétrica há sete meses enquanto sobrevoava com destino a Santa Catarina. O incidente foi investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Segundo as informações disponíveis no painel Sipaer, da Força Aérea Brasileira (FAB), que monitora acidentes aéreos, o avião que saiu de Orlândia, em São Paulo, em 3 de junho de 2021, por volta das 7h40, e seguia com destino à Porto Belo, em Santa Catarina. No entanto, às 12h39 o piloto informou que a aeronave apresentava uma pane elétrica e mecânica, oscilando na pressão da bomba de combustível.

Cerca de 10 minutos depois o avião conseguiu pousar com sucesso em Navegantes, próximo ao destino final. Quatro pessoas estavam a bordo, sendo dois tripulantes e dois passageiros, e ninguém se feriu. Após investigações, o Cenipa liberou o avião.

Acidente no DF

Na última segunda-feira (31/1), o avião se preparava para pousar no Aeródromo Piquet, no Jardim Botânico, quando recebeu uma rajada de vento lateral em baixa altitude, o que fez com que a aeronave caísse. Entre os tripulantes, estavam três homens, uma mulher e um bebê de apenas 2 meses. A mãe e a criança, por precaução, foram encaminhados a uma unidade de saúde, sem ferimentos graves.

O avião saiu de Luís Eduardo Magalhães (BA), com destino a Brasília. Entre os passageiros, estavam a bordo o dono da aeronave, Renato Joner, 64 anos, a filha, a advogada de Brasília Renata Andrea Joner, 36, o marido dela, Thiago Moreira Parry, servidor público da Defensoria Pública da União (DPU), e a bebê do casal, de 2 meses.

O monomotor, de matrícula PP-INQ, estava regular e foi comprado em 31 de março de 2017. O Certificado de Aeronavegabilidade — documento obrigatório emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que atesta se a aeronave está em condições de operar com segurança — foi emitida em 17 de outubro de 2020, e o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) iria vencer em setembro deste ano.

A aeronave estava em situação técnica regular e tinha permissão para realizar serviços aéreos privados, segundo a Anac. O modelo tem capacidade para transportar cinco passageiros, incluindo a tribulação.

A apuração do acidente ficará à cargo da equipe do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Primeiro, os investigadores vão identificar indícios, fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, ouvir relatos de testemunhas e reunir documentos. Em nota, a FAB explicou que "não existe um tempo previsto para essa atividade ocorrer".

De acordo com a instituição, o objetivo da apuração é prevenir que novos acidentes com características semelhantes aconteçam. "A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes", finalizou em nota.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação