A Justiça decidiu nesta semana quem tem razão num embate envolvendo familiares de Renato Russo. Giuliano Manfredini, filho do líder do Legião Urbana, ajuizou uma ação por injúria, calúnia e difamação contra a tia Carmem Teresa Manfredini, única irmã do artista que morreu em 1996. O motivo da briga foi uma carta pública em que Carmem lamenta a atitude do sobrinho de colocar à venda todo o espólio pessoal de Renato Russo. Ela escreveu a Giuliano e divulgou: "A tristeza é muito grande porque esses objetos, ou seja, todo o seu acervo cultural e artístico, foi guardado com muito esmero e carinho pelo seu pai, Renato Manfredini, minha mãe e por mim desde a sua morte em 1996. Cuidávamos de tudo, absolutamente tudo: de uma frase escrita por ele em um papel, de seus diários, de suas roupas, instrumentos, livros, LPS, CDS, móveis e de tantos outros objetos daquele apartamento na Rua Nascimento e Silva. E mantivemos o apartamento com a mesma decoração, mobiliário, objetos, como se ele estivesse morando ainda ali". Para Giuliano, a maior ofensa estava na afirmação de que o filho do cantor estaria "dilapidando" o patrimônio do artista. Na sentença do 2° Juizado Especial Criminal de Brasília, o entendimento foi de que não há na carta escrita por Carmem Teresa elementos que indiquem a intenção de ofender a imagem do sobrinho, mas de resistir à doação dos bens do artista. A irmã de Renato Russo foi representada pelo advogado Paulo César Cascão.
Reclamação de Clemente chega ao STJ
Os advogados do conselheiro André Clemente deram entrada ontem na reclamação que vai discutir a competência da investigação relacionada à Operação Tenebris. Clemente está representado no recurso por experiente trio de advogados: Eduardo Toledo, Cleber Lopes e Marcel Versiani. Eles defendem que as buscas e as apreensões deveriam ter sido apreciadas pelo STJ e não por uma vara criminal de primeira instância. Até o fechamento da coluna ontem o processo ainda não havia sido distribuído. Mas a defesa aposta que a qualquer momento pode sair uma decisão. No fim de semana, o presidente do STJ, Humberto Martins, pode analisar o pedido da liminar.
A nominata do MDB
O presidente da Câmara Legislativa e do MDB, deputado Rafael Prudente, tem se dedicado nos últimos dias à composição da nominata de candidatos de seu partido para as próximas eleições. Nesta semana, Prudente e o governador Ibaneis Rocha abonaram a filiação do ex-deputado distrital Cristiano Araújo e de dois candidatos das últimas eleições, Dirsomar Chaves e Risomar Carvalho. Também recebeu a filiação do Professor Jordenes, que concorreu pelo PTB em 2018. Outra novidade é a entrada do ex-deputado Wigberto Tartuce, o Vigão, no MDB. Ele deve disputar uma vaga de deputado federal.
Na sala de espera
O ex-vice-governador Renato Santana, que havia formado uma frente com Cristiano Araújo, Dirsomar Chaves e Risomar Carvalho, aguarda definições de Rogério Rosso antes de escolher o partido pelo qual disputará eleição.
Benício tenta
ser candidato
Há 10 anos sem mandato, o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Legislativa Benício Tavares tem feito reuniões com apoiadores de olho nas próximas eleições. Ele quer concorrer a novo mandato de distrital. Mas precisa se viabilizar juridicamente. Em 2011, Benício foi condenado pela Justiça Eleitoral por compra de votos e abuso de poder econômico e perdeu o mandato. Agora quer voltar.
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